A agricultura e a pecuária podem ser decisivas para o combate às mudanças do clima com a adoção de sistemas que protegem as florestas e geram menos emissões de carbono, metano e outros gases para a atmosfera. Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorre em novembro em Belém, essas estratégias devem ganhar destaque em um espaço dedicado a mostrar as iniciativas para tornar o agro mais sustentável.
Em encontro realizado na sede da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e da Pesca (Sedap), representantes da secretaria, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Inovação e Desenvolvimento Sustentável, e da Embrapa Amazônia Oriental discutiram o planejamento para evidenciar as contribuições da agricultura, da pecuária, das florestas e dos sistemas alimentares na resposta à crise climática.
Durante a COP30, as instituições ligadas ao setor devem contar com um espaço instalado na área de pesquisa já existente da Embrapa em Belém. Será uma espécie de vitrine imersiva com demonstrações do funcionamento de sistemas agroflorestais, de modelos de integração e do potencial da pecuária sustentável no Brasil.
“O objetivo é adequar esse espaço para ser palco de reuniões, palestras e eventos técnicos também; ele será transformado para ser a casa da agropecuária do Brasil na COP30 integrado aos demais espaços da conferência e vamos contar com a parceria da Sedap e de toda a equipe do Governo do Pará”, explicou o secretário de inovação e desenvolvimento sustentável do Mapa, Pedro Neto.
Para o titular da Sedap, Giovanni Queiroz, o alinhamento do setor é importante para fortalecer os projetos desenvolvidos no estado e garantir apoio a medidas que sequestram e fixam o carbono na agropecuária sem comprometer a produtividade.
“Estamos comprometidos com o ganho de qualidade de vida do nosso cidadão, queremos resgatar o nosso ribeirinho com condições de vida digna, nossos agricultores familiares que precisam ser incorporados ao setor produtivo para ter qualidade de vida, ao mesmo tempo que recuperamos áreas degradadas”, afirmou o secretário.