Por Fabrício Queiroz
Com a recepção de mais de 1,2 milhão de visitantes em 2024, o turismo no Pará vive um momento de expansão e deve crescer mais com a projeção dada pela COP30 em novembro deste ano. De acordo com o Observatório do Turismo, mais de R$ 871 milhões foram movimentados nos serviços ligados ao setor no ano passado e os bons resultados tendem a continuar com a atração de mais público e novos investimentos.
As obras executadas para a cúpula do clima envolvem espaços que vão sediar as programações e acolher as delegações, deixando novas estruturas, pontos turísticos renovados e uma ampliação das vagas de hospedagem. Tudo isso tende a fortalecer a posição do Pará como porta de entrada da Amazônia no pós-COP.
Para a realização do evento, um dos principais desafios é a necessidade de aumento do número de leitos para atender os cerca de 50 mil visitantes esperados. Com a combinação de uma série de medidas, como a atração de investidores para a construção de novos hotéis, a criação de alojamentos em escolas, a contratação de transatlânticos e o aumento da oferta de apartamentos e casas em plataformas de hospedagem como Airbnb e Booking, o governo garante que vai triplicar o número de leitos disponíveis.
“As soluções em andamento vão atender a demanda esperada, com oferta de alojamento para os diferentes públicos. O volume de pessoas na cidade varia ao longo das duas semanas de reunião e um mesmo quarto serve a hospedes diferentes em diferentes momentos da COP”, informou ao Pará Terra Boa o Governo do Estado por meio de nota.
Modernização da rede hoteleira
Outras medidas incluem o apoio à modernização das instalações da rede hoteleira atual com a isenção de ICMS para compras de equipamentos e móveis para os empreendimentos já existentes. Além disso, foram ampliadas as linhas de crédito para micro, pequenos, médios e grandes empresários do setor em parceria com o BNDES.
“Essa linha se estende a toda a cadeia do turismo, incluindo bares e restaurantes, além dos hotéis, para que possam investir na requalificação de seus negócios”, destaca o governo, que aposta no incremento da atividade como alternativa para o desenvolvimento sustentável do estado.
A adequação do Porto de Outeiro para a atracagem de navios de grande porte e a construção de uma nova ponte ligando a ilha à cidade, por exemplo, coloca Belém na rota dos cruzeiros e seu público com maior poder aquisitivo. Da mesma forma, o surgimento de hotéis de alto padrão e novos espaços turísticos ampliam o número de negócios de lazer, cultura e gastronomia na cidade fortalecendo a economia e a geração de empregos.
A expectativa é que a partir da COP30 Belém se torne uma referência para o turismo na Amazônia e possibilite aos visitantes oportunidades de explorar as belezas e atrativos das diferentes regiões, como as praias da zona costeira, o patrimônio histórico e cultural da zona bragantina e as belezas naturais de Santarém e do oeste do Pará.
“Estes investimentos irão contribuir para que Belém se consolide como destino turístico que valoriza a cultura local e promove a economia de forma contínua, deixando como legado da COP30 uma Belém mais moderna, acessível e integrada ao cenário turístico global”, ressalta o Governo do Pará.
