As escolas públicas e privadas de Belém, Ananindeua e Marituba terão um calendário escolar diferente em 2025 com dois períodos de férias, um em julho e outro em novembro. A medida foi publicada em decreto estadual nesta quarta-feira, 27, e visa contribuir com a organização da COP30, que será realizada em novembro do ano que vem.
Em coletiva à imprensa, a vice-governadora e coordenadora do comitê estadual da COP30, Hana Ghassan, e o secretário de Educação, Rossieli Soares, detalharam a medida que foi acordada no conselho estadual de educação, com a participação de representantes de instituições e sindicatos ligados tanto ao setor público quanto privado, incluindo faculdades, universidades e outros estabelecimentos.
Conforme estabelecido no decreto, nas escolas dos três municípios que integram a região metropolitana, as aulas iniciam ainda em janeiro e seguem até o final de junho. O final do primeiro semestre será marcado por um período de férias de 14 dias, entre 30 de junho a 13 de julho. O retorno às aulas será em 14 de julho e, antes do final do segundo semestre, as férias ocorrerão de 5 a 21 de novembro, cobrindo assim um intervalo de 17 dias que coincide com as datas da cúpula do clima. A COP30 está marcada para o período de 10 a 21 de novembro.
A ideia é facilitar a mobilidade e promover o melhor atendimento das necessidades do público estimado em mais de 50 mil pessoas que virá para a capital. Aliado a isso, o governo vai adotar o regime de teletrabalho para os servidores públicos de áreas administrativas lotados nessas cidades, mantendo o funcionamento normal em órgãos de serviços essenciais, como a segurança pública, saúde, parques, museus, teatros e espaços de visitação turística.
“O governo do estado já está há mais de um ano atuando na preparação da cidade para a COP e o planejamento é fundamental para que a gente possa realizar um grande evento. Nesse momento, nós estamos colocando em prática o planejamento feito através do estudo de COPs anteriores e de grandes eventos. Dentro das medidas que são recomendações da ONU, nós estamos agora em uma fase de efetivação das medidas”, esclareceu Hana Ghassan, destacando que a suspensão de atividades escolares também foi adotada neste ano em Baku, no Azerbaijão.
De acordo com Rossieli Soares, o anúncio a cerca de um ano do evento é necessário para garantir a organização do calendário e o cumprimento dos 200 dias letivos obrigatórios por lei. O secretário acrescentou ainda que a medida será ajustada nas 17 escolas públicas que servirão para a hospedagem dos participantes.
“Essas 17 escolas serão responsáveis por mais de 5 mil leitos, portanto é também uma medida de organização e planejamento. Já iniciamos a reforma das escolas. Esse é um legado importante porque essas escolas estarão totalmente preparadas para serem escolas e, no período da COP, também servirem para hospedagem”, pontuou.
Nos demais 141 municípios do estado, o calendário escolar seguirá o regime habitual, com aulas de 27 de janeiro a 23 de dezembro e férias durante todo o mês de julho.