A realização da 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30) deve ter a injeção de mais R$ 1 bilhão no próximo ano. A previsão consta no projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) enviada pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, que tem até 22 de dezembro para aprovar e devolver a lei para sanção. As informações são do jornal O Globo.
Segundo a reportagem, grande parte dos recursos reservados ficará vinculada diretamente à Presidência da República e será aplicada na organização do evento. O documento prevê ainda gastos de quase R$ 50 milhões direcionados para a segurança via Polícia Federal e Ministério da Defesa. A organização trabalha com a expectativa de que 160 chefes de Estado virão a Belém para a Conferência.
A COP30 deve ser um novo marco para a agenda climática global, já que as metas estabelecidas no Acordo de Paris devem ser revistos durante o encontro e se espera que as nações assumam compromissos mais ambiciosos com a redução das emissões de gases do efeito estufa. Além disso, será a primeira COP na Amazônia, cuja conservação é crucial para o planeta e para o governo brasileiro.
“Uma coisa é discutir a Amazônia no Egito; outra coisa é discutir a Amazônia em Berlim; outra coisa é discutir a Amazônia em Paris. Agora, não. Agora nós vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia. Nós vamos discutir a questão indígenas, vendo os indígenas. Nós vamos discutir a questão dos povos ribeirinhos, vendo os povos ribeirinhos e vendo como eles vivem”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista ao programa “Conversa com o Presidente”.
Além dos novos recursos previstos, mais de R$ 3,1 bilhões já foram liberados para a COP30 em Belém. O maior aporte veio da Itaipu Binacional que alocou R$ 1,3 bilhão em convênios com o governo estadual e a prefeitura. Os investimentos são para obras no Mercado do Ver-o-Peso, no Mercado de São Brás, no Parque Linear da Doca e em saneamento básico.
Também estão sendo executadas obras no Parque da Cidade, na bacia do Mata Fome, na bacia da Estrada Nova, no Porto Futuro, na implantação do Museu das Amazônias, entre outros projetos.