“Todos pela COP30” é como foi batizado um grupo de 138 personalidades de diversas áreas criado para apoiar estratégias para amplificar o impacto da Conferência do Clima, como forma de reverter o quadro das mudanças climáticas. Entre os integrantes estão nomes como o cientista Carlos Nobre, o apresentador de TV e empresário Luciano Huck; o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga; além do governador do Pará, Helder Barbalho; e sua vice, Hana Ghassan, entre outros.
A 30ª conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre mudanças climáticas, que reunirá líderes mundiais, pesquisadores, ONGs e sociedade civil, está marcada para ocorrer de 10 a 21 de novembro de 2025 em Belém.
A mobilização começou há um ano, quando um grupo apoiou o Governo do Pará na apresentação de uma estratégia ambiental com 13 compromissos, incluindo a meta de restauração de mais de 100 mil hectares de florestas, a implantação de um plano para rastreabilidade individual do rebanho bovino, o desenvolvimento de planos de adaptação climática para todos os municípios e o reforço para o combate às queimadas e o desmatamento.
“Quando esse grupo publicou [a estratégia], resolveu escrever uma carta para justificar o gesto em apoio à COP30 e convidou outras pessoas a aderirem. Em dois dias, sem nenhum esforço, muitos nomes relevantes aderiram”, contou à Folha de São Paulo o engenheiro agrônomo e ex-diretor global da Vale Guto Quintella.
Para Carlos Nobre, a união de esforços nesse momento pré-evento e marcado por altas temperaturas, secas e desastres é importante para discutir a relevância da COP30 e chamar a atenção de outros setores e da sociedade em geral para a necessidade de ações efetivas contra a crise climática.
“Em 2023 e 2024, tivemos o maior número de eventos climáticos extremos da história. A ciência já alertava para essa situação. Agora, nós precisamos estar muito mais preparados para esses eventos”, disse o climatologista.
Em carta publicada na imprensa, o Todos pela COP30 afirma que a conferência é uma oportunidade para o Brasil exibir ao mundo sua natureza e mostrar que sabe ser responsável por ela.
“Por ora, o que une a todos é a preocupação com a questão ambiental e o desejo de cooperar para que a COP30 se torne um marco relevante no caminho para a superação do desafio do aquecimento global”, acrescenta Quintella.