A execução de projetos de desenvolvimento urbano, mobilidade e saneamento em Belém visando a organização da COP30 estão aquecendo o mercado de trabalho na cidade. Segundo dados da Secretaria de Obras do Pará (SEOP), cerca de 2.200 empregos diretos foram criados para atender às demandas das obras.
Além de melhorias na cidade, os números representam um impacto social positivo para a população. Isso porque 80% destes postos são ocupados por belenenses. Além disso, a seleção dos trabalhadores passa por um critério de localidade, privilegiando a contratação de homens e mulheres que residam no bairro contemplado. Dessa forma, eles podem se locomover mais rápido de casa ao trabalho e manter hábitos familiares, como buscar os filhos na escola e almoçar em casa.
“É um sentimento de gratidão, de felicidade, um sentimento o qual eu a cada momento fico observando como era antes aqui, como está hoje, e como vai ficar ainda melhor quando terminarmos todo esse processo”, conta Nilson Borges, morador do bairro do Marco e um dos operários contratados para trabalhar nas obras.
De acordo com a organização da COP30, a expectativa é que a geração de empregos continue em alta com crescimento de 35% no número de contratações até a conclusão dos empreendimentos. Em entrevista ao Pará Terra Boa, o supervisor técnico do Dieese no Pará, Everson Costa, avaliou que, depois do evento, a construção civil pode retrair, mas a geração de empregos deve ser estimulada pelo setor de serviços, com o turismo, redes de hóteis e transporte.
Em cerimônia realizada em Belém com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Belém, o governador Helder Barbalho ressaltou que a COP30 já gerou mais de 5 mil postos de trabalho, considerando empregos diretos e indiretos. Atualmente, a cidade conta com mais de 30 obras em execução para a conferência, com investimentos que ultrapassam R$ 4,5 bilhões.