Por Fabrício Queiroz
A menos de um ano para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), os preparativos em Belém seguem a todo vapor. Com intervenções urbanas e novos espaços públicos, a cidade vive em clima de expectativa de ganhar uma nova cara a partir de 2025 e, segundo o governo estadual, os projetos em execução devem ser também o pontapé para novas oportunidades de desenvolvimento.
Uma das principais obras realizadas é a construção do Parque da Cidade, que surgirá na área do antigo aeroporto Brigadeiro Protásio, no bairro do Souza. O espaço funcionará como a green zone (zona verde) na COP30 e, de acordo com o projeto, reunirá uma série de atrativos, como um centro de economia criativa, um boulevard gastronômico, trilhas lagos artificiais, torres de contemplação e o museu da aviação que vão atender as demandas por espaços de lazer da comunidade e dos visitantes.
“Vamos tirar da inércia um espaço no centro da cidade numa área bastante arborizada. {A ideia] é fazer essa integração de uma forma que a gente consiga ter um equipamento de qualidade que transforme tanto visualmente a nossa cidade quanto possa receber a nossa população no momento de lazer e de socialização”, esclareceu o secretário de Infraestrutura e Logística (Seinfra), Adler Silveira, durante o 1º Congresso Amazônico de Meio Ambiente, realizado na quarta-feira, 11, em Belém.
Silveira apresentou ainda os projetos propostos para melhorar a condição de mobilidade na cidade. Um dos destaques é a implantação de cinco novos viadutos na região metropolitana de Belém, que até então conta com apenas três estruturas desse tipo, além da avenida Liberdade pensada para ser uma via expressa para entrada e saída da cidade, antes restrita à BR-316.
“A gente trabalha para que se possa fazer um ambiente de negócios favorável, que os investidores venham aportar recursos e que isso vire uma roda motora do nosso desenvolvimento econômico e social, com geração de renda e empregos. A COP é um evento que vem exatamente fazer com que tudo isso ganhe ainda mais velocidade dentro do contexto da infraestrutura”, ressaltou o secretário, apontando que estão em execução mais de 30 obras, onde foram gerados 5 mil empregos.
Porta de entrada para a Amazônia
Outro espaço público previsto para a COP30 é o Porto Futuro II. Construído em antigos armazéns da Companhia Docas do Pará, a obra abrange toda a área da Estação das Docas até o Terminal Hidroviário de Belém e contará com restaurantes, um polo de bioeconomia, o Museu das Amazônias, entre outros atrativos à margem da Baía do Guajará. Uma parte da área foi concedida à iniciativa privada para construção de um hotel de luxo com capacidade para 500 leitos.
Para a secretária de Cultura, Úrsula Vidal, o conjunto de obras realizadas em Belém aliada com a chegada de novos empreendimentos do setor hoteleiro vão aquecer a economia local a partir do turismo.
“Vai preparar Belém para ser uma porta de entrada da Amazônia. As pessoas quando chegam no Pará tem no seu imaginário a expectativa da experiência do Marajó ou da região de Santarém. E Belém se consolida agora cada vez mais como uma cidade onde esse turista pode ter o ticket médio de permanência a partir dessa experiência que vai ser ampliada com vários outros equipamentos”, afirmou.