O Pará será o Estado com o maior número de pontos de monitoramento da qualidade da água na Amazônia graças a uma parceria entre a Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Instituto Evandro Chagas (IEC). Ela ampliará o sistema de monitoramento das águas, permitindo a análise da poluição, dos níveis de tratamento e da capacidade de restauração natural de rios, igarapés e outros corpos d’água. Esses dados são importantes para embasar políticas públicas voltadas à gestão das nossas águas.
A iniciativa, chamada “Monitoramento e Diagnóstico de Qualidade das Águas Superficiais”, terá duração de 60 meses e abrangerá 95 pontos de coleta em Marabá, na região sudeste, e municípios da Região Metropolitana de Belém. As coletas serão divididas em sete zonas e realizadas de acordo com os períodos sazonais: enchente e vazante, nos períodos chuvoso e de estiagem. No total, serão 680 coletas anuais, totalizando 3,4 mil ao longo do projeto.
Raul Protázio Romão, secretário da Semas, destaca a relevância da iniciativa: “Já contamos com uma rede de monitoramento, que é fruto de uma parceria com a Agência Nacional de Águas, e esse novo acordo vai nos permitir ampliar de forma inédita o monitoramento da qualidade das águas. Isso é fundamental para nortear políticas públicas de recursos hídricos coincidindo com o momento em que a Amazônia estará sob os olhares do mundo por conta da COP 30”, explica.
O secretário também enfatiza os benefício do projeto: “Esse aperfeiçoamento irá proporcionar impactos econômicos e sociais, como a redução da poluição dos corpos receptores, evitando gastos futuros com programas de despoluição ambiental, geração de empregos pela atividade de turismo e lazer, decorrente dos recursos hídricos preservados, assim como a melhora na qualidade de vida da população devido a diminuição no número de casos de doenças associadas à qualidade da água”, afirma o titular da Semas.
Ainda de acordo com o governo do Pará o projeto será executado em três etapas. São elas: a caracterização e avaliação dos corpos d’água; o levantamento de dados sobre poluição e necessidade de tratamento; e a análise de dados hidrodinâmicos e hidrográficos para avaliar a capacidade de autodepuração.