O projeto Cores do Pará reuniu artistas em torno de uma produção de dois dos maiores painéis artísticos da Amazônia. Eles ocupam o elevado Carlos Marighella, na Av. Almirante Barroso com a Av. Dr. Freitas, e o elevado Gunnar Vingren, na Avenida Júlio Cesar, em Belém. As inspirações passam pela preservação ambiental, sustentabilidade, clima, biodiversidade e povos e comunidades tradicionais.
A ideia da collab é presentear a cidade como com uma explosão de cores e beleza visual às vésperas da realização da Cúpula da Amazônia, que acontece entre os dias 2 e 10 de agosto. O evento, pré COP 30, vai reunir os oitos países que têm a floresta amazônica, com o intuito de discutir ações de sustentabilidade, defesa e desenvolvimento da região. A iniciativa tem patrocínio da Equatorial Pará por meio da Lei Semear.
“A pintura e personalização desses dois elevados é histórica, e de suma importância para a difusão dos temas que serão debatidos durante a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30) em 2025. Todos as delegações que chegarem à capital paraense serão recebidas com cores e muita alegria, e isso já começa agora em agosto, com a realização da Cúpula da Amazônia na cidade. Precisamos mostrar uma Belém Maravilhosa, com perspectivas de um futuro sustentável”, afirma o artista André Monteiro.
Agenda cultural
Para fortalecer a divulgação do patrimônio e da produção artística da Amazônia, e atender à grande demanda de visitantes a Belém durante os dois principais eventos que antecipam a COP 30, a Secretaria de Estado de Cultura (Secult) realiza uma agenda cultural diversificada. As atividades estão divididas em seis principais eixos: música, mostra de cinema, museus, artes visuais, fotografia e dança.
A partir do dia 2 de agosto, às 19 h, na sede do Museu da Imagem e do Som (MIS), acontece a exposição “Eneida Simplesmente”, que retrata a vida e obra da escritora. Ela foi a responsável pela criação do MIS. Equipamentos antigos de som e audiovisual, além de outros acervos do Museu, integram a exposição, que fica em cartaz dia 30 de setembro.
O Centro Cultural Palacete Faciola recebe, ainda, a Mostra Pan-Amazônica de Cinema, entre os dias 4 e 15 agosto, com apresentação de um curta e um longa dos Estados da Amazônia Legal e de países convidados, com temáticas ligadas ao meio ambiente, sustentabilidade, clima e justiça climática
No dia 4 de agosto, das 18 h às 22 h, a Secult realiza mais uma edição do Projeto “Uma noite no Museu”, um circuito cultural noturno e gratuito pelos museus do Estado: Museu do Forte, Museu do Círio, Museu do Estado do Pará e Espaço Cultural Casa das Onze Janelas. E para fortalecer o circuito, também vão fazer parte dessa edição o Palacete Cultural Faciola e o Parque Cemitério Soledade. Dessa vez, o Museu de Arte Sacra não estará incluso no roteiro.
A a 1° Bienal das Amazônias será aberta também no dia 4. A temática dessa primeira edição, “Bubuia: Águas como Fonte de Imaginações e Desejos”, é inspirada na obra do poeta abaetetubense João de Jesus Paes Loureiro. A curadoria reúne obras de 120 artistas pan-amazônicos, e será instalada em um prédio de quatro pavimentos, totalmente adaptado, localizado à rua Senador Manoel Barata, 400, bairro do Comércio.
O Museu do Estado do Pará (MEP) recebe nos dias 5 e 6 de agosto um dos maiores eventos de arte e tecnologia do Brasil: o Festival Amazônia Mapping. As apresentações serão do lado externo do Museu e incluem obras de Ailton Krenak, líder indígena e ambientalista; da maranhense Ge Viana; do duo paulista VJ Suave, em colaboração com Glicéria Tupinambá; dos paraenses Nay Jinknss, Matheus Almeida, Moara Tupinambá, Astigma VJ e Evna Moura. Dentro do museu também haverá sets de DJs convidados e projeções de desenhos feitos ao vivo (live painting digital), por artistas visuais da cidade.
O público poderá conferir a Exposição Shipibo-Konibo Retratos do meu Sangue, no Hangar – Centro de Convenções da Amazônia, no período de 3 a 6 de agosto. O jovem David Díaz González, indígena Shipibo-Konibo, oferece nesta exposição uma imersão cuidadosa no cotidiano da sua comunidade.
Para quem gosta de dança, nos dias 5 e 6, o Theatro da Paz recebe o balé “Floresta Amazônica”, da Companhia Dalal Achcar. O espetáculo celebra a história de povos originários e o sentimento de brasilidade, com concepção e coreografia da bailarina carioca Dalal Achcar e música de Heitor Villa-Lobos.
O espaço também será invadido pela música com o concerto do Amajazzon Festival, dia 9, às 20h.
Com informações da Agência Pará