Neste ano, o Pará revelou sua diversidade pela Marques de Sapucaí de várias formas. As riquezas naturais e a importância da Amazônia, assim como a necessidade de manter nossa floresta em pé, foi um dos destaques dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro,
Mas cultura paraense não focou de fora do Carnaval carioca. Os búfalos do Marajó, nosso o carimbó e o folclore também foram lembrados na avenida.
Unidos do Porto da Pedra – a invenção da Amazônia
“A invenção da Amazônia, um delírio do imaginário de Júlio Verne” foi o tema da Unidos do Porto da Pedra. Segundo o Portal da Amazônia, o francês Júlio Verne (1828-1905) nunca esteve no Brasil, mas escreveu um romance que se passa no Rio Amazonas, publicado em 1881, que foi a inspiração para a escola.
Para falar sobre a preservação da floresta, o carro “Amazônia Viva, Arte, Luta e Resistência” representou grandes defensores da região como Chico Mendes, Dorothy Stang, Bruno Pereira e Dom Philips.
Tô arrepiado com essa Abre-alas da Unidos do Porto da Pedra que tem a “Amazônia, Mãe-terra-vida” como tema. RESISTÊNCIA ✨💚 Viva mãe natureza . Nossa Amazônia .. #Globeleza #CarnavalDeTodos #GlôNoCarnaval @GRESUPP
— Bruno Leicam (@brunomacielof) February 19, 2023
Paraíso do Tuiuti – o búfalo de Marajó
A Paraíso do Tuiuti trouxe o enredo “Mogangueiro da Cara Preta”, contando a história da chegada dos búfalos na Ilha de Marajó. A escola mostrou a saída dos animais da Índia no século XIX; a colisão do navio com uma pedra, onde a tripulação humana não sobreviveu, mas os animais conseguiram nadar até a costa da ilha, se salvando e se adaptando à região.
A despedida da escola teve a transformação do Sambódromo em um “Bufódromo”, com Mestre Damasceno como principal destaque, representando a riqueza cultural e folclórica do Marajó na avenida. Pessoa com deficiência visual, ele explorou alegorias e carros alegóricos com o toque das mãos.
O Pará no sambódromo. Viva o MARAJÓ, viva Mestre Damasceno! #Globeleza #globelezaparaisodotuiuti pic.twitter.com/uQazbTuGU5
— Leo Nunes (@Ieonunes) February 21, 2023
Vila Isabel – Círio de Nazaré e Festival de Parintins
A Vila Isabel mostrou formas de celebrar a fé e entre elas estava o Círio de Nazaré, a maior manifestação católica do país e um dos maiores eventos sagrados do mundo. O Festival de Parintins também foi homenageado com esculturas gigantes dos bois Caprichoso e Garantido.
“Em Belém, milhares de pessoas querem participar da procissão e agarrar a corda utilizada para puxar a luxuosa berlinda que transporta a imagem da santa. Para os romeiros, a corda representa o elo com Nossa Senhora de Nazaré. Ao tocá-la, participam intensamente da fé do Círio de Nazaré. Símbolo da magia amazônica, o Festival de Parintins arrebata multidões e brincantes, que, ao som dos tambores e da toada, defendem as cores dos bois-bumbás. A grande manifestação folclórica brasileira envolve religiosidade e fantasia, para contar a história dos povos da floresta e as lendas do boi-bumbá”, justificou a escola de samba em sua página oficial.
Vila Isabel levou o nosso Círio de Nazaré pra Marquês de Sapucaí com o enredo sobre religiosidade. pic.twitter.com/mwHemwaX09
— Jean Jr (@jeanjr0015) February 21, 2023
Beija-Flor – levantes populares
O enredo escolhido pela Beija-Flor de Nilópolis foi “Brava gente, o grito dos excluídos no bicentenário da independência”, abordando os 200 anos da independência da Bahia . A escola também tratou sobre temas como a luta pela demarcação das terras indígenas e levantes populares como a cabanagem, com o tema “Orgulho cabano e identidade amazônica” e os quilombolas “Um grito de liberdade quilombola”.
Ver essa foto no Instagram
Beija-flor metendo a Cabanagem na Sapucaí. Meu Pará bem lembrado nesta noite.#GlobelezaBeijaFlor
— Quinn Loㅅe’Ly 💜 (@2xMiniLyce) February 21, 2023