No próximo dia 15, o estado do Pará completa 200 anos de sua adesão à Independência do Brasil. Para marcar a data, a Secretaria de Cultura (Secult), por meio do Arquivo Público do Pará, proporcionará uma imersão na história por meio de documentos que estão sob a sua salvaguarda. Eles serão reunidos e apresentados ao público a partir desta sexta-feira, 11, na exposição “Bicentenário da Adesão do Pará à Independência: Registros nos Documentos do Arquivo Público”.
Até o dia 31 de agosto, o público poderá acessar presencialmente documentos originais, sempre de segunda a sexta, das 8h às 14h, na sede do Arquivo Público do Pará, localizada na travessa Campos Sales, esquina com a 13 de Maio, no bairro da Campina, em Belém.
A entrada é gratuita. No dia 15 – data da adesão -, a exposição será no Museu do Estado do Pará, com as cópias dos documentos e a versão original da Ata de Adesão, das 9h às 16h.
“Através deles, é possível visualizar os fatores que levaram à adesão, as fissuras políticas, as expectativas e decepções, e a sinalização para a eclosão da Cabanagem em 1835”, detalha Leonardo Torii, diretor do Arquivo Público.
Ele acrescenta que a exposição propõe uma ampla reflexão sobre o lugar que a Amazônia e a Província do Grão Pará ocupavam dentro do governo do Reino de Portugal e do futuro governo imperial do Brasil.
“Esses documentos oportunizam, sem dúvidas, uma vasta reflexão. Acessá-los é refletir, por exemplo, sobre a construção da nossa cidadania amazônica ao longo do tempo, já que nos fazem visualizar a participação popular dentro do processo de Adesão à Independência, assim também como as lutas travadas depois do fato histórico, já contra o Governo Imperial do Brasil”, observa Leonardo Torii.
Na quarta-feira (16), a programação contará com palestras de especialistas da Universidade Federal do Pará (UFPA), que dividirão suas análises acerca dos documentos com o público. Às 8h30, José Alves de Souza Júnior discute o tema “A imprensa no processo de Adesão do Pará à Independência. Às 10h30, é a vez de Adilson Júnior Ishihara com o tema “Viva a Liberté! Uma utopia revolucionária na Amazônia”.