Você sabia que parte da Floresta Amazônica já foi mar? É isso o que revela a exposição “Fóssil Vivo”, que, por meio da ciência, tecnologia e a riqueza da história natural da Amazônia, transporta os visitantes para 20 milhões de anos atrás, quando a região era um ambiente predominantemente marinho habitado por animais hoje extintos.
A exposição abre nesta sexta-feira, 30, no Centro de Exposições Eduardo Galvão, no Parque Zoobotânico do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, e fica aberta para visitação até dezembro de 2024.
Com curadoria do cientista social e cineasta Adriano Espínola Filho, a exposição tem por foco fósseis provenientes de dois contextos diferentes: na primeira sessão, o público conhecerá por meio da tecnologia de realidade aumentada os animais da unidade geológica conhecida como Formação Pirabas, na época Mioceno, período em que o avanço do mar cobriu uma porção da bacia amazônica; e na segunda sessão, por meio da realidade virtual, os animais da Megafauna, do Pleistoceno.
“Um dos objetivos da mostra na primeira parte é contar para o visitante uma história ainda pouco conhecida do público: o período em que a Amazônia era mar. Já, na segunda parte, haverá experiência com animais da Megafauna brasileira, extinta há cerca de 11 mil anos. O visitante poderá interagir com esses enormes animais, que, de fato, conviveram com o ser humano durante milhares de anos, mas por conta das mudanças climáticas, adaptações e outras séries de fatores acabaram extintos”, explica Adriano.