Uma carta, assinada por cerca de 100 lideranças femininas da Amazônia, foi entregue para os governos estaduais da Amazônia Legal e governo federal. Nela, estão reivindicações nas áreas de educação, saúde, empoderamento, segurança, desenvolvimento econômico, infraestrutura, regularização fundiária, segurança alimentar e mudanças climáticas, de acordo com o eco.
O documento é resultado do encontro dessas mulheres, a maioria vinda de unidades de conservação de uso sustentável, Terras Indígenas e Quilombolas, durante o “Seminário Mulheres da Floresta”. Na pauta, foram discutidos problemas e desafios comuns no cotidiano delas, mas principalmente a importância de reivindicar o protagonismo feminino nas tomadas de decisões sobre seus territórios.
“Para nós, não basta ser mulher para estar na política. É preciso defender nossas pautas aqui postas neste documento, inclusive a defesa da Amazônia, meio ambiente e justiça social”, dizem em um trecho do manifesto, que também destaca postos almejados por elas. “Não podemos ser apenas secretárias, queremos também ser presidentes, assumindo inclusive a comercialização dos produtos e não somente a produção”.
Promovido pela Fundação Amazônia Sustentável (FAS), as rodas de conversa giraram em torno de temas como a participação feminina em movimentos sociais, gestão de negócios, autoestima e autoimagem, durante dois dias, em Manaus (AM).
“A carta elaborada durante o Seminário de Mulheres da Floresta representa um grande marco na área, porque possui as falas e anseios de mulheres de diversos territórios, ampliando as estratégias de defesa e proteção da Amazônia. Temos certeza que os debates gerados aqui vão promover grandes frutos em prol das mulheres amazônidas”, afirma Valcléia Solidade, superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades na FAS.