Os Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal (Caixa) anunciaram que estão trabalhando em conjunto para criar um fundo de investimento do tipo ETF (Exchange Traded Fund) para financiar projetos sustentáveis na Amazônia. A ideia é que o produto seja negociado na Bolsa de Valores e possa ser adquirido por pessoas físicas e jurídicas a baixo custo.
Em coletiva de imprensa realizada na quinta-feira, 25, as instituições assinaram uma carta de intenções para o desenvolvimento do fundo chamado ETF Amazônia para Todos. As cotas devem ter valor de cerca de R$ 100 e vão ajudar a captar recursos que serão alocados em locação em empréstimos a projetos de impacto na região.
“Todo mundo se pergunta o que pode fazer para ajudar a Amazônia. Agora, todo mundo poderá contribuir com um pedaço dessa preservação”, destacou o presidente do BID, Ilan Goldfajn, à Época Negócios.
Os bancos garantem que a transparência será uma das características do produto, já que a composição da carteira B3 é divulgada diariamente pelo provedor do índice, permitindo que o investidor saiba exatamente em quais ativos está investindo. Sobre rentabilidade do investimento, as instituições informaram que um novo índice de referência será criado para essa solução.
“O BID, há um ano, lançava o seu programa holístico Amazônia Sempre. Hoje, com nossos parceiros, anunciamos o plano para o ETF Amazônia para Todos, que permitirá democratizar o investimento para a Amazonia e investir em um futuro sustentável para a região. Com este novo instrumento, estamos dando mais um passo para que a Amazônia esteja conosco para sempre”, ressaltou Goldfajn à Agência Gov.
A expectativa é que a novidade chegue ao mercado financeiro antes de novembro de 2025, marcando os preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre em Belém. De acordo com informações da CNN Brasil, o objetivo é que o ETF Amazônia para Todos arrecade entre R$ 1 bilhão a R$ 2 bilhões.
“Essa cooperação, visando reunir esforços em prol do desenvolvimento sustentável da Amazônia, a partir de um instrumento inovador no mercado de capitais brasileiro, reforça o compromisso do BNDES com a agenda COP30. No governo do presidente Lula, o BNDES cumpre o seu papel histórico, com transparência e competência, como ator fundamental na promoção da inovação e da sustentabilidade na economia brasileira”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.