O Banco da Amazônia (BASA) é um dos principais financiadores da cadeia produtiva do bioma. Para alguns setores, é a única maneira de obter crédito para levar adiante a produção rural de uma propriedade. Sabemos, no entanto, que grande parte dos produtores rurais não consegue ter acesso a esses créditos porque não fornecem toda a documentação necessária para a transação, especialmente títulos de terra.
Em alguns municípios do Pará, por exemplo, ainda é comum a prática do escambo, em que se trocam quilos de açaí por um veículo para a propriedade, como moto e caminhonete. Para o agricultor familiar, no primeiro semestre de 2021, foram oferecidos R$ 228,7 milhões por meio do Pronaf.
Se levamos em conta o grande produtor, o BASA informa que negociou R$ 10,48 bilhões em contratações com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO) em 2020. Esse fundo representa o principal instrumento financeiro para o estímulo das atividades econômicas desenvolvidas em bases sustentáveis na Região Norte do país.
De acordo com o documento divulgado em março pela instituição, as contratações do FNO registraram um crescimento de 36,7%em comparação com 2019, quando foram aplicados R$ 8,11 bi. O agronegócio foi o setor que mais se destacou, recebendo R$ 5,3 bilhões em contratações.
Em segundo lugar, o setor de infraestruturas se destacou. Foram destinados R$ 3,5 bilhões. O setor de micro e pequenas empresas ficou com R$ 1,2 bilhão aplicados. As microfinanças da região, operações voltadas para os pequenos empreendedores informais como feirantes, donos de mercadinhos, artesãos e etc., receberam R$ 103 milhões, direcionados para 39.922 empreendedores populares.
Quanto ao lucro líquido, o Banco da Amazônia encerrou o exercício de 2020 com R$ 265,6 milhões, registrando pequena redução em relação ao resultado de 2019, que foi de R$ 275,3 milhões. O Patrimônio Líquido do BASA encerrou 2020 com R$ 2,41 bilhões, superior em 10% em relação a 2019, quando apresentou o valor de R$ 2,19 bilhões.
O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, explica que embora o lucro líquido tenha sido um pouco reduzido, o resultado recorrente foi de R$ 531 milhões, enquanto que em 2019, o valor alcançado foi de R$ 167,3 milhões. O resultado recorrente é gerado pelas atividades da instituição, desconsiderando os efeitos não frequentes ocorridos no ano.
Outras fontes de recursos de fomento
Foram aplicados R$ 538,7 milhões em 2020 com recursos oriundos de Recursos Obrigatórios, Poupança Rural, BNDES e outras exceto FNO. A aplicação representou um crescimento de 22,3% em relação ao ano de 2019, cujo valor atingido foi de R$ 440,3 milhões. Em 2020, o volume da carteira de fomento com Outras Fontes representou 11,20% da exposição total do fomento do Banco da Amazônia.
Na carteira comercial, o Banco da Amazônia encerrou 2020 com mais de R$ 2 bilhões, apresentando crescimento de 54,90%, comparativamente ao exercício 2019, que encerrou com saldo de R$ 1,32 bilhão, demonstrando a ampliação tanto do crédito geral como também do câmbio.
O presidente Valdecir Tose informa que todos os municípios da região amazônica foram alvo da ação creditícia da instituição.
Fonte: própria e BASA