As pesquisas do DIEESE/PA mostram que em junho, pelo sexto mês consecutivo este ano, o custo da alimentação básica dos paraenses voltou a ficar mais caro. A cesta básica dos paraenses calculada pela entidade custou R$ 632,26, comprometendo na sua aquisição mais da metade do atual salário mínimo de R$ 1.212,00.
Das 17 capitais pesquisadas, 9 apresentaram aumentos de preços e nas 8 restantes houver quedas em junho.
Já nos primeiros seis meses deste ano (Jan-Jun), o custo da cesta básica dos paraenses acumula alta de 13,54%, percentual bem superior à inflação estimada em torno de 4,50% (INPC/IBGE) para o mesmo período.
Nos últimos 12 meses (maio/2021-maio/2022), o reajuste acumulado foi de quase 22%, contra uma inflação estimada em torno de 12% para o mesmo período.
Puxadores da alta
O destaque da alta em junho foi o pão, de 10,29%, seguido do leite com alta de 7,07%; óleo de cozinha (soja) com alta de 6,73%; manteiga com alta de 5,38%; feijão com alta de 3,66%; café com alta de 3,30%; arroz com alta de 1,16%; açúcar com alta de 0,85%; banana com alta de 0,51%; carne bovina com alta de 0,18% e da farinha de mandioca com alta de 0,14%. Apenas o tomate apresentou recuo de preço de 10,18%.
Custo por família
Ainda segundo o DIEESE/PA, em junho, o custo da cesta básica para uma família padrão paraense, composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 1.896,78, sendo necessários, aproximadamente 1,56 salário mínimo para garantir as mínimas necessidades do trabalhador e sua família, somente com alimentação.
A pesquisa da cesta básica de alimentos dos paraenses comercializada em Belém, em junho, mostra ainda, que para comprar os 12 itens básicos da cesta, o trabalhador paraense comprometeu 56,40% do atual salário mínimo, e teve que trabalhar 114 horas e 46 minutos das 220 horas previstas em Lei.
Fonte: DIEESE/PA