O Grupo dos Vinte (G20), que reúne as 19 principais economias do mundo, a União Europeia e, ainda, a União Africana, é presidido neste ano pelo Brasil. Durante o mandato, uma série de reuniões com foco na cooperação econômica internacional será realizado no País e Belém está na rota dos debates.
A agenda de programações conta com mais de 100 reuniões de grupos de trabalho, que serão realizadas tanto virtual quanto presencialmente, além de cerca de 20 reuniões ministeriais dos países-membro, que abordam temas como agricultura, sustentabilidade climática e ambiental, pesquisa e inovação, economia global, combate à fome, cultura, investimentos, entre outros.
Um exemplo é a reunião do GT de Agricultura realizado em Brasília na segunda-feira, 19. Representantes de mais de 30 países abordaram aspectos relacionados à sustentabilidade em sistemas agroalimentares, segurança alimentar e a importância da agricultura familiar para sistemas sustentáveis e inclusivos. Já nesta quarta e quinta-feira, 21 e 22, ocorre no Rio de Janeiro o primeiro encontro dos chanceleres do Grupo dos Vinte.
Em Belém, o G20 desembarca no mês de julho com atividades de dois grupos de trabalho. Nos dias 9 e 10 de julho, será a reunião do GT de Finanças Sustentáveis e, nos dias 11 e 12, o encontro será da força-tarefa sobre “Mobilização Global contra a Mudança do Clima”. Essas reuniões são de nível técnico e contarão com emissários pessoais dos líderes do G20, que tem o papel de supervisionar as negociações, mas também é esperada a presença de ministros das Finanças e de Relações Exteriores e presidentes dos Bancos Centrais das nações participantes.
Já em setembro, a capital paraense receberá a agenda do GT de Turismo. Nos dias 19 e 20 ocorre o encontro técnico de emissários do setor; e no dia 21 será realizada uma reunião ministerial dos países-membros.
Ainda não há informações sobre o local nem a pauta dos debates no Pará, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu três discussões prioritárias para o seu período à frente do grupo: Inclusão social e combate à fome e à pobreza; promoção do desenvolvimento sustentável, considerando os pilares social, econômico e ambiental; e reforma das instituições da governança global.
Além de Belém, outras 12 cidades terão atividades do G20 em 2024. São elas: Belo Horizonte (BH), Brasília (DF), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR), Maceió (AL), Manaus (AM), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP), Salvador (BA) e São Luís (MA).
“A descentralização das atividades é uma inovação desta edição, transformando o G20 em um fórum mais acessível e representativo. A realização das reuniões nas cidades-sede espalhadas pelas cinco regiões do País, também é uma estratégia para fomentar o turismo e o intercâmbio cultural e fortalecer relações bilaterais entre as cidades e as nações participantes”, diz um comunicado do governo brasileiro.
O calendário de reuniões começou em dezembro do ano passado e prossegue até 30 de novembro, quando encerra o mandato rotativo. Confira a agenda aqui.