Com a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30) se aproximando, a capital paraense, Belém, enfrenta um desafio de proporções gigantescas: garantir hospedagem para as cerca de 40 a 60 mil pessoas esperadas para o evento em novembro de 2025.
A cidade, que conta com apenas dois hotéis cinco estrelas em pleno funcionamento, busca alternativas para acomodar as equipes da ONU, delegações de países membros e demais participantes. Algumas medidas já foram anunciadas neste sentido pelo governo do Pará, como a instalação de dois novos hotéis cinco estrelas em prédio público. como o da Receita Federal, acordo com o Airbnb e hospedagens temporárias em navios.
Diante da demanda crescente, uma solução inovadora surge como alternativa: os domos sustentáveis da startup Amazônia Domos. A empresa, vencedora do prêmio Inova Amazônia, desenvolveu estruturas hoteleiras em formato de domos, construídas com madeira de jatobá e cobertura térmica 65% feita de material reciclado. Parte do revestimento interno é feito com caroço de açaí.
A estrutura é totalmente desmontável e 80% a 90% dela é reaproveitada para instalação em outro lugar, caso o empreendedor queira mudar de endereço” disse Thales Barca Almobili, sócio da startup a O Globo.
Cada domo, com seis metros de diâmetro, possui banheiro interno e capacidade para até seis pessoas.
O Sebrae Pará já encomendou seis domos para treinamento de mão de obra hoteleira, demonstrando o potencial dessa solução para complementar a oferta de hospedagem na cidade.
Tony Santiago, presidente da ABIH-Pará, confirma o aumento exponencial na procura por hotéis em Belém após o anúncio da COP30. “Nossa taxa de ocupação máxima era de 50% e já alcançamos 70% em maio”, afirma.