As exportações do agronegócio registraram valor recorde de US$ 8,84 bilhões para o mês de outubro, motivada pela alta dos preços internacionais das commodities O valor é 10% superior aos US$ 8,036 bilhões exportados no mesmo mês de 2020, informou o Ministério da Agricultura (Mapa), na terça-feira, 16/11.
Segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) do Mapa, a elevação dos preços médios de exportação foi determinante para o incremento das vendas externas, uma vez que cresceram 25,8% comparados a outubro de 2020. Já a quantidade vendida ao exterior apresentou recuo de 12,5% no período em análise (outubro de 2020 a outubro de 2021).
As importações de produtos do agronegócio subiram de US$ 1,2 bilhão, em outubro/2020, para US$ 1,4 bilhão, em outubro/2021 (+16,8%). Vários produtos importados apresentaram altas expressivas do preço médio, como trigo (+15,5%), óleo de palma (+68,7%) e azeite de oliva (+26,3%).
De acordo com os analistas da SCRI, os principais destaques do mês foram soja em grão, carne suína e de frango e café.
A soja em grão foi responsável por US$ 1,72 bilhão (+ 94,3%), correspondendo a 3,3 milhões de toneladas (+ 35,9%). O preço médio de exportação atingiu US$ 522 por tonelada, incremento de 42,9% na comparação com outubro de 2020.
Também houve recorde na quantidade e valor exportados de carne suína. As vendas externas chegaram a US$ 215,98 milhões (+ 8,9%), com expansão da quantidade exportada (+ 11,5%), mas queda no preço médio de exportação (- 2,3%).
As vendas externas de carne de frango foram de US$ 700,08 milhões (+ 60%), resultado tanto do aumento da quantidade exportada (+ 23,4%) quanto do preço médio de exportação (+ 29,6%).
O setor cafeeiro registrou vendas de US$ 606,71 milhões (+ 18,9%), apesar do recuo de 15,9% do volume exportado, que compensada pela elevação dos preços médios de exportação (+ 41,5%).
A China se mantém como a principal compradora dos produtos do agronegócio brasileiro. De cada US$ 4 exportados, US$ 1 foi para o país asiático, o que significa exportação de US$ 2,25 bilhões para o mercado chinês em outubro/2021 (+ 6,2%). A China foi o destino de 80,8% da soja em grão brasileira exportada em volume (2,7 milhões de toneladas; +35%).
A China continua sendo o principal país importador de carne suína brasileira, embora as vendas do produto in natura tenham diminuído para US$ 78,18 milhões. O país asiático passa por um período de excesso de oferta interna do produto, resultado dos esforços para recuperação de seu rebanho.
O mercado chinês também foi importante importador da carne de frango in natura brasileira, com US$ 110,88 milhões (+22,4%).
O atual gargalo é o polêmico embargo do país asiático à carne brasileira pela ocorrência da doença da vaca louca em propriedades de Minas Gerais e Mato Grosso. A ministra Tereza Cristina tem atuado intensamente para resolver o problema o quanto antes. Segundo ela, a pasta aguarda resposta do governo chinês ainda esta semana na expectativa de destravar o comércio bilateral de um setor relevante do PIB brasileiro.
Fonte: Ministério da Agricultura