Os Fundos de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais (Fiagro) movimentaram aproximadamente R$ 7,5 bilhões.
Divididos em três modalidades, de acordo com os ativos que os compõem – Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Fiagro-FIDC), Fundo de Investimento Imobiliário (Fiagro-FII) e Fundo de Investimento em Participações (Fiagro-FIP) –, eles totalizaram 31 até 26 de novembro de 2021, sendo 24 de investimentos imobiliários e sete de direitos creditórios.
Os fundos ajudam a atrair a participação de investidores estrangeiros no financiamento do agronegócio no Brasil. Os dados estão em Nota Informativa – O Fundo de Investimento nas Cadeias Produtivas Agroindustriais, produzida pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia e divulgada na quinta-feira, 20/1, sobre o Fiagro.
O surgimento do Fiagro é resultado do trabalho conjunto do Ministério da Economia, por meio da SPE, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do Congresso Nacional, materializado na Lei nº 14.130/2021 e na subsequente regulação pela resolução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nº 39 de 2021.
Além da permissão a investidores nacionais e estrangeiros fazerem aplicações em ativos do agronegócio (como títulos de crédito ou de securitização emitidos por empresas de cadeias produtivas agroindustriais), há também a possibilidade de compra de propriedades, que poderão ser depois arrendadas ou vendidas a produtores.
“O alto endividamento do governo federal, as restrições fiscais e as questões socioeconômicas sugerem uma escassez cada vez maior de recursos públicos para o setor do agronegócio nos próximos anos. Tais dificuldades abrem espaço para que os investidores privados deem uma contribuição estratégica ao setor produtivo do país, por meio de instrumentos como o novo fundo”, avaliou o especialista em assessoria jurídica às empresas do agronegócio, Gustavo Juruena Eidt, ao site “Conjur”.
Um dos pontos abordados pela nota informativa da SPE se refere ao crédito. Quando a expansão de crédito financia aumento da capacidade de criação de renda e riqueza na economia, há um efeito maior sobre o crescimento de longo prazo, porque permite a ampliação permanente da renda.
Os recursos que financiam o setor vêm em geral do crédito rural canalizado por instituições financeiras, de títulos de dívida emitidos por produtores rurais e de recursos próprios dos produtores.
“O Fiagro abre uma oportunidade para que pequenos investidores aportem seus investimentos e possam usufruir de um dos setores de maior crescimento da economia brasileira. Espera-se que a criação desse instrumento financeiro traga um maior dinamismo e transparência ao mercado de terras rurais, um mercado mais competitivo na formação de preços de terras, e maior liquidez ao estoque de terras como ativo do produtor rural”, registra o documento.
Fonte: Ministério da Economia