O protagonismo indígena está na origem e nos objetivos de uma organização que tem se destacado no segmento do terceiro setor. O Podáali – Fundo Indígena da Amazônia Brasileira atua exclusivamente apoiando iniciativas dos povos da região. Somente neste ano, R$ 1,6 milhão já foi aplicado pelo fundo em 32 projetos com essas comunidades. No Pará, são quatro projetos apoiados pelo Podáali.
O trabalho iniciou há três anos e recebe recursos oriundos da filantropia e de doações de cidadãos brasileiros e estrangeiros, que apostam na missão na entidade, segundo o g1DF. Na língua do povo Baniwa do tronco linguístico Aruak, Podáali significa “doar sem querer receber nada em troca”.
De acordo com a diretora-executiva do fundo, Valéria Paye, uma das metas da organização é desburocratizar os processos de financiamento para projetos indígenas e, assim, fazer com que o dinheiro chegue “ao chão das aldeias”. Para isso, os mecanismos de seleção incluem tanto chamadas públicas quanto a premiação de iniciativas.
“Nunca o interesse indígena está no primeiro plano de fato como uma preocupação. Com o Podáali, estamos trazendo esse debate”, disse Valéria Paye em entrevista ao site.
A proposta tem tido boa receptividade junto às comunidades locais, que somente em 2023 submeteram 305 projetos para a primeira chamada de apoio do fundo. Desse total, 32 foram selecionados e já estão em execução. Cada um recebeu aporte que varia de R$ 20 mil a R$ 50 mil.
Os critérios de seleção levam em conta a extensão territorial dos estados da Amazônia Legal, a diversidade dos povos indígenas na localidade, além das linhas de atuação, que são: gestão e proteção territorial e ambiental indígena, a economia sustentável e soberania alimentar e fortalecimento institucional e promoção de direitos.
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