As orientações sobre abertura de crédito para o fomento da produção e como funcionará o projeto Ateg Mais Cacau, lançado em junho em Altamira, foram repassadas aos produtores familiares do Assentamento Esperança e da Comunidade da Água Preta, no município de Anapu, localizado na Região de Integração do Xingu, pela Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), durante a programação realizada esta semana na Transamazônica.
O município integra o polo de maior produção do fruto. Pelo menos 90% do cacau produzido no Pará são oriundos dos municípios localizados na região de Integração do Xingu, entre os quais, Medicilândia, Uruará e Brasil Novo. Atendendo pedido de entidades e produtores locais, a secretaria junto a um representante do Banco do Brasil apresentou uma série de informações importantes para tirar dúvidas dos agricultores familiares de Anapu.
O secretário adjunto Lucas Vieira esteve representando a Sedap na programação de diálogo com os agricultores, e disse que o projeto Ateg Mais Cacau foi iniciado pelo município de Altamira, atendendo 250 produtores, e deverá ser extensivo numa próxima etapa aos produtores de Anapu.
Vieira destacou, também, que a Sedap, em parceria com a prefeitura local – por meio da Secretaria Municipal de Agricultura – está efetivando a entrega de mudas e equipamentos para a mecanização da produção. “O objetivo é contribuir para o desenvolvimento da produção local. Sabemos como é importante a assistência técnica para fazer a diferença e isso estará sendo levado aos produtores através desse projeto da Ateg”, disse.
O representante da Sedap ressaltou, ainda, que o Pará desponta cada vez mais como o maior produtor de cacau do Brasil, com uma produção mínima de 900 quilos por hectare. “A gente quer avançar e a assistência técnica continuada, que já estamos concretizando com a Ateg, é fundamental”, observou.
Ele acrescentou que o trabalho será prestado pelos técnicos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “Nós pretendemos que a próxima fase desse projeto seja aqui em Anapu. Os técnicos do Senar irão mensalmente nas propriedades para conversar com o produtor, levantar o que ele está precisando, quais as dificuldades, ensinar as técnicas de poda e de adubação, o que for preciso para ajudar a aumentar a produção”, enumerou Vieira.
A importância dos produtores adotarem e investirem nos chamados sistemas agroflorestais, que utilizam o fruto como potencial ferramenta de reabilitação de áreas degradadas, foi enfatizada pelo secretário durante o encontro com os produtores.
“Precisamos ter a consciência de estarmos alinhados ao meio ambiente. O cacau é uma grande ferramenta para o restabelecimento de áreas degradadas. Por isso, ele se torna cada vez mais importante ao nosso estado”, concluiu o secretário-adjunto.
Fonte: Valéria Nascimento (SECOM) e Rose Barbosa (Ascom Sedap)