Agentes da Polícia Federal e da Receita Federal cumpriram 13 mandados de busca e apreensão além de uma prisão nesta quarta-feira, 28, nos estados do Pará, Amazonas, Rondônia e Paraná. A operação Pirâmide de Ouro tem o objetivo de desarticular um esquema de comércio ilegal do metal que teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão.
As investigações começaram em setembro de 2022, quando 7,5 kg de ouro foram apreendidos no Aeroporto Internacional de Belém. Na época, o passageiro com a carga não foi preso e continuou transportando o minério em voos comerciais em direção às regiões Sudeste e Sul do País.
De acordo com a PF, em 11 meses, o suspeito embarcou em 27 voos semelhantes entre Curitiba, Porto Velho, Manaus e Campinas, sempre portando quantidades pequenas de ouro para evitar suspeitas. Durante a operação, ele acabou sendo preso em Curitiba (PR).
Além dele, dois filhos do detido também tiveram mandado de prisão decretado, porém estão foragidos. Um deles seria sócio de uma empresa que movimentou R$ 1,5 bilhão entre junho de 2020 e setembro de 2022.
Já em relação aos mandados de apreensão, um deles foi cumprido em Itaituba, no sudoeste paraense. Os demais ocorreram em endereços nas cidades de Porto Velho (RO), Manaus (AM) e Curitiba, incluindo uma igreja na capital amazonense. Foram recolhidos documentos e uma quantia em dinheiro ainda não contabilizada.
Segundo as investigações, os envolvidos atuavam dando ares de legalidade ao ouro extraído ilegalmente. Empresas “noteiras” forjavam notas fiscais e o minério também era “sujado” para ocultar sua origem e diminuir seu teor de pureza.
Os suspeitos são acusados de participação em organização criminosa, lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União, falsidade ideológica e uso de documento falso. Em razão disso, a Justiça determinou o sequestro de contas bancárias, suspensão de atividades da empresa e da permissão de lavra garimpeira.