Nosso Pará é destaque do Boletim Regional do Banco Central divulgado na quinta-feira, 26/8. No recorte mercado de trabalho sobre a Região Norte no segundo trimestre deste ano, foram criados 49 mil postos, ante eliminação de 30,7 mil vagas em igual intervalo de 2020, segundo dados do Caged. O Pará foi responsável por quase metade da criação de vagas no período, melhor perfomance entre os vizinhos da região.
Por atividades, sobressaíram na criação de vagas o comércio, serviços e construção civil. No acumulado em 12 meses, houve a geração líquida de 164,8 mil postos de trabalho. A taxa de desocupação no Norte permaneceu estável em 13,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao quarto de 2020.
Melhor performance
De forma geral, o comportamento da atividade econômica no Norte ao longo de 2021 tem sido similar ao ocorrido no ano anterior. A região foi a primeira a sentir os impactos mais severos da pandemia, mas também foi a primeira na retomada. O Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) cresceu 2,4% no segundo trimestre do ano, influenciado pelo bom desempenho no Amazonas (6,3%), enquanto no Centro-Oeste foi de 1,9%; no Sudeste, 0,7%; no Nordeste, 0,5% e, no Sul, 0,2%.
Adicionalmente, o patamar elevado das cotações das commodities minerais e agrícolas favorece o desempenho da região. Nesse cenário, o Índice de Atividade Econômica Regional da Região Norte (IBCR-N) cresceu 2,4% no segundo trimestre do ano, influenciado pelo bom desempenho no Amazonas (6,3%).
Indústria
A produção industrial da região Norte não apresenta continuidade da recuperação observada no segundo semestre de 2020. A indústria geral recuou 3,2% no segundo trimestre deste ano, influenciada pela indústria extrativa paraense (4,0%). Por outro lado, a performance da indústria de transformação foi positiva no período, anotando crescimento de 3,9%. A fabricação de máquinas e equipamentos no polo industrial de Manaus foi o setor que mais cresceu no acumulado do ano (61,8%), contribuindo para a formação bruta de capital fixo (FBCF) no país.
Comércio exterior
No comércio externo, a região contribuiu para o bom desempenho nacional, beneficiando-se da elevação do preço das commodities e da recuperação da economia mundial. O superavit da balança comercial aumentou 73,4% no acumulado até julho em relação ao mesmo período de 2020. No primeiro semestre, houve elevação principalmente no preço (58,1%) dos produtos exportados, enquanto o quantum ficou praticamente estável (0,3%). As importações também cresceram nos sete primeiros meses do ano (37,9%), com aumento das compras de itens relacionados à ampliação da capacidade produtiva regional, como insumos industriais elaborados e peças para bens de capital.
Setor primário
No setor primário, estima-se crescimento de 0,9% na produção regional de grãos, a partir de aumento de 5,1% na área colhida, com destaque para a soja, especialmente no Pará. O aumento das exportações da leguminosa na região no acumulado do ano até julho em relação a igual período de 2020 atingiu 20,3%.
Fonte: Banco Central