Por Fabrício Queiroz
Em meio aos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) e o potencial que o evento traz para o desenvolvimento do turismo, o estado atua para melhorar a infraestrutura do setor, principalmente no quesito hospedagem. Como o Pará Terra Boa já noticiou, a estimativa é que a COP30 atraia cerca de 50 mil visitantes, porém atualmente a região metropolitana de Belém conta com aproximadamente 18 mil leitos. Para superar esse desafio, o governo e a iniciativa privada têm buscado investimentos para a área.
Na quinta-feira, 6, a assinatura do contrato de concessão de três galpões do Porto Futuro II para a instalação de um novo hotel de cinco estrelas com capacidade para 500 leitos reforçou o empenho para ampliar a oferta de hospedagem até a Conferência do Clima, que acontece em noembro de 2025. O investimento no projeto será de R$ 180 milhões e o Estado terá direito a 2% sobre o faturamento do negócio durante o período da concessão que dura 33 anos.
Para o governador Helder Barbalho, as críticas sobre a carência de leitos em Belém para as autoridades e delegações estrangeiras serviram de motivação para a busca de soluções e de parceiros que vão deixar um legado para o desenvolvimento local.
“Eu acho que há um reposicionamento do setor. Nós temos a oportunidade de elevar o nível das demandas turísticas do estado. Nós vamos sair de um calendário estreito do Círio de Nazaré e, eventualmente, pontuais momentos para a consolidação da vocação turística”, disse o governador.
Durante a cerimônia, Helder Barbalho adiantou ainda que dentro de até duas semanas será assinado o contrato para instalação de outro hotel no antigo prédio da Receita Federal. Os detalhes sobre a empresa responsável pela operação, o volume do investimento e o número de leitos ainda não foram divulgados. Além disso, espera-se que nos próximos dias seja anunciado também uma nova rota de voo internacional conectando Belém à Europa.
“A visibilidade que a COP nos traz, faz com que Belém tenha a oportunidade de sermos a capital da Amazônia, a capital da floresta, a capital do ecoturismo não só na América do Sul, mas do Sul Global e das florestas tropicais do planeta. Portanto, o que estamos construindo, efetivamente, é um passo para consolidar uma nova estratégia que vai fazer com que Belém salte degraus para ter no turismo uma grande oportunidade de fortalecimento de serviços e para elevar a qualidade receptiva e toda a cadeia de negócios atrelados ao turismo”, declarou.