A retomada do Fundo Amazônia está ganhando força. Além do descongelamento de recursos pelos doadores atuais, Alemanha e Noruega, a equipe do presidente eleito Lula está negociando a adesão do Reino Unido ao mecanismo financeiro. Segundo a agência de notícias Reuters, outros doadores potenciais, como Canadá, França e Suíça, também estão sendo abordados por representantes do próximo governo.
Paralisado há quase quatro anos, o Fundo Amazônia foi um dos principais instrumentos de apoio a projetos de proteção ambiental e desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira na última década. No entanto, desentendimentos entre os países doadores e o governo Bolsonaro sobre a aplicação dos recursos acabaram resultando no congelamento do Fundo em 2019. Desde então, cerca de R$ 3 bilhões seguem sem aplicação.
A retomada do Fundo Amazônia foi colocada como uma das prioridades políticas na área ambiental do governo Lula desde a campanha. Nesse sentido, durante a Conferência do Clima de Sharm el-Sheikh (COP27), o presidente eleito participou de conversas com representantes de governos estrangeiros para aumentar a fonte de recursos.
Enquanto busca mais recursos para a proteção ambiental na Amazônia, Lula também discute nomes para a composição do próximo governo. Cotada para assumir uma posição de destaque, a ex-ministra e deputada federal eleita Marina Silva se colocou à disposição do presidente eleito, mas sugeriu não ter o perfil adequado para ocupar a futura autoridade nacional climática.
“A autoridade para risco climático é semelhante à autoridade nuclear ou às autoridades monetárias. É uma função técnica e tudo que a gente não precisa é que isso tenha algum tipo de viés político. Eu sei que eu entendo muita coisa de meio ambiente, mas eu não tenho um perfil técnico”, disse Marina em entrevista ao podcast 2+1, da CBN e O Globo.
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