O Pará já se prepara para enfrentar o déficit de aproximadamente 50 mil leitos para acomodar os participantes da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em 2025. O primeiro avanço nesse sentido ocorreu com a assinatura de um protocolo de intenções entre o Governo do Estado e o Ministério da Previdência Social para que o antigo prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), no centro da capital, sirva para a hospedagem dos visitantes.
O imóvel em questão está localizado na avenida Nazaré e está inutilizado desde agosto de 2010, quando um incêndio de grandes proporções destruiu o local. De acordo com o governador Helder Barbalho, a ideia é que prédios públicos sem uso tenham uma utilidade estratégica e contribuam para a melhora da estrutura da cidade.
“São oportunidades para Belém e para os paraenses, e fazem parte das alternativas identificadas para superar os desafios identificados para sediar a COP”, afirmou Barbalho à Agência Pará.
Outros prédios
Além do prédio do INSS, outros imóveis estão nos planos do governo estadual. Um deles é a antiga sede da Receita Federal, que fica no bairro da Campina, próximo à Estação das Docas. O local também foi atingido por um incêndio e está desocupado desde 2012. Outra opção é uma área do Exército, ao lado da Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.
A destinação turística desses espaços já foi tratada em reunião do Executivo estadual com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, em junho passado, após a confirmação de que Belém sediará a COP 30.
O baixo número de leitos na cidade é um dos principais desafios identificados pelo setor turístico na capital paraense. Conforme já mostrou o Pará Terra Boa, representantes da hotelaria estimam que Belém tem capacidade de acomodar de 17 mil a 25 mil hóspedes. No entanto, a expectativa é que a COP atraia mais de 70 mil pessoas.
Algumas alternativas estudadas pelas empresas do ramo é buscar financiamentos reformar e ampliar os hotéis já existentes, visando principalmente a acomodação de autoridades; ou ainda contar com o apoio dos empreendimentos de municípios como Salinópolis e Castanhal ou investir em hospedagens em navios.