Para os que optaram pelo cultivo da soja, uma péssima notícia: a cada 10 safras do produto, uma é inteira perdida para os nematoides. As perdas podem chegar a R$ 65 bilhões por conta desse problema.
Se o cenário permanecer como está, a expectativa é de que produtores brasileiros tenham um prejuízo somado de até R$ 870 bilhões em menos de 10 anos.
Nematoides fitoparasitas, os principais causadores, são vermes microscópicos capazes de parasitar as plantas, com prejuízo direto ao desenvolvimento e produtividade de todas as culturas, além de dano indireto que favorece a entrada de fungos nas plantas. Impossíveis de serem identificados a olho nu, os nematoides não podem ser erradicados uma vez identificados no solo, o que torna o controle e o manejo imprescindíveis para evitá-los e, assim, manter o bom desenvolvimento, produtividade e rentabilidade da lavoura: que começam sempre por um solo saudável.
Os dados são de pesquisa inédita realizada pela Syngenta, em parceria com a consultoria Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia. O estudo realizado sobre a distribuição e crescimento dos nematoides no Brasil percorreu todo o País durante o ano passado e traz detalhes importantes sobre a problemática em todas as regiões, nos mais diversos cultivos e para todas as espécies encontradas.
Situação grave no Sul, Centro-Oeste e Norte
Hoje, as regiões mais impactadas pela presença dos nematoides no solo são Sul, Centro-Oeste e Norte, em especial no Cerrado. Em alguns Estados, os vermes estão presentes em mais de 99% das amostras. A espécie Pratylenchus ssp., por exemplo, é a mais identificada, chegando a mais de 75% das áreas analisadas. No mapa abaixo, é possível ter uma dimensão da situação atual.
Soja em alerta
O resultado detalhado da pesquisa inédita realizada pela Syngenta Proteção de Cultivos em conjunto com a Agroconsult e a Sociedade Brasileira de Nematologia será apresentado oficialmente no 37º Congresso Brasileiro de Nematologia, que acontece de 1° a 4 de agosto, em Ribeirão Preto.