A inflação teve alta de 1,06% em abril, após ter alcançado 1,62% em março. Esse foi o maior resultado para o mês de abril desde 1996 (1,26%), e o nosso açaí tem culpa no cartório.
No ano, o indicador acumula alta de 4,29% e, nos últimos 12 meses, de 12,13%, acima dos 11,30% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a variação havia sido de 0,31%. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgados nesta quarta-feira, 11/05, pelo IBGE.
Em abril, os principais impactos vieram de alimentação e bebidas e dos transportes. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 80% do IPCA de abril.
Houve alta de mais de 10% no leite longa vida e em componentes importantes da cesta do consumidor como a batata-inglesa (18,28%), o morango (17,66%), o maracujá (15,99%), a couve-flor (13,25%), o açaí (11,63%), o tomate (10,18%), o óleo de soja (8,24%), o pão francês (4,52%) e as carnes (1,02%).
Conforme você já leu por aqui, o preço do açaí tem passado por altas desde o início do ano.
No caso dos transportes, a alta foi puxada, principalmente, pelo aumento nos preços dos combustíveis que continuaram subindo, assim como no mês anterior, com destaque para gasolina (2,48%). Outros combustíveis também subiram. O etanol subiu 8,44%, o óleo diesel, 4,74% e a ainda houve uma alta de 0,24% no gás veicular.
A pesquisa mostra ainda que todas as áreas pesquisadas tiveram alta em abril. A maior variação ocorreu na região metropolitana de Rio de Janeiro (1,39%), onde pesaram as altas dos produtos farmacêuticos (6,38%) e da gasolina (2,62%). A menor variação, por sua vez, ocorreu na região metropolitana de Salvador (0,67%), onde houve queda nos preços da gasolina (-3,90%) e da energia elétrica (-3,41%).
Fonte: IBGE
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