Quem precisa de rodeio quando se tem Festival do Çaire, a mais antiga manifestação cultural da Amazônia, realizada há 300 anos?
Nada contra a cultura caipira do interior de São Paulo, que dizem por aí está invadindo nossas paragens, com tudo o que tem direito. Mas manifestações culturais paraenses são das mais ricas e singulares do Brasil.
Nossas tradições artísticas têm a cara da gente que nos formou: indígenas, africanos e europeus. E dessa mistura se fez o caldo cultural que se reflete nas nossas festas, nos nossas músicas, nas nossas celebrações religiosas, na nossa gastronomia, na nossa forma de estar no mundo.
Carimbó, siriá, guitarrada, retumbão, calypso, tecnobrega, lundu são os ritmos que fazem o coração do paraense pulsar mais forte.
O Círio de Nazaré, o Círio Noturno de Santo Antônio, o Círio de Santa Rita, entre outras, são a forma como manifestamos a nossa fé.
Quem precisa de rodeio quando se tem marujada ou fandango, outra manifestação artística típica da nossa terra que guarda mais de dois séculos da nossa história?
Você pode gostar de rodeio e de música sertaneja, mas essa nunca será a cara da nossa terra boa!
Quem precisa da cultura de fora? O Pará e os paraenses, definitivamente não!