O meio ambiente entra em campo neste domingo, 3/04, durante a final da Copa do Nordeste, entre Sport e Fortaleza, na Arena Castelão. O jogador que fizer o chamado “golaço da competição” vai levantar um troféu de madeira nativa certificada pelo FSC (Forest Stewardship Council) produzido por artesãos da Movelaria Anambé, de Belterra (PA), em parceria com a BVRio. O troféu, feito em madeiras ipê e muiracatiara, foi idealizado pelo renomado designer Carlos Motta.
Você já leu aqui neste espaço sobre o trabalho desses artesãos da Cooperativa Mista da Flona Tapajós (COOMFLONA). Trata-se do projeto que o Instituto BVRio desenvolve com esses extrativistas, chamado Design & Madeira Sustentável, de produção moveleira com madeira extraída de forma sustentável. O projeto leva designers renomados até a comunidade, oferece treinamento aos artesãos locais e conecta os empreendedores da Amazônia ao mercado. Nesses cinco anos de vida, o projeto já produziu 9 mil peças com os artesãos da COOMFLONA, sem nenhum intermediário.
Os troféus de madeira nativa certificada já existem, desde 2018, na Copa Verde, que reúne equipes do Centro-Oeste e do Norte, além do estado do Espírito Santo. A ação faz parte de uma série de iniciativas do campeonato, que tem um braço social chamado Nordeste Cuida e já abraçou causas nobres como campanhas de combate à fome e contra a doença de Chagas. Além do troféu sustentável, as lonas usadas nos jogos também serão doadas para “O Grupo de Interesse Ambiental – GIA” e transformadas em mochilas, pochetes e copas de pufe, entre outros novos produtos.
“A ideia do troféu é disseminar para o grande público os valores do desenvolvimento sustentável. Acreditamos que o esporte, especialmente o futebol, é um grande interlocutor sobre o tema da educação para uma economia verde e, ser acolhido pela Copa do Nordeste, é uma honra para nós”, destaca Renato Castro Santos, Gerente de Design & Madeira Sustentável da BVRio.
A Coomflona, onde o troféu foi produzido, possui o selo FSC 100% comunitário para manejo florestal desde 2013. Atualmente, cerca de 200 pessoas trabalham na cooperativa, dentro do manejo florestal. Entre os avanços conquistados ao longo desses quase 10 anos, eles citam a diminuição do desmatamento, o aumento da renda e o acesso à educação.
As gravações dos logos foram feitas na fábrica da Tramontina em Belém, onde são produzidos móveis de madeira para áreas internas e externas e utilidades domésticas. A Tramontina possui certificação FSC de cadeia de custódia, o que possibilita a rastreabilidade de produtos de origem florestal e garante ao consumidor o uso de matéria-prima de florestas manejadas.
Fonte: BVRio
LEIA TAMBÉM:
Manejo florestal em parceria com BVRio projeta trabalho com artesãos na Flona Tapajós para o mundo