Por Nilson Chaves*
“Quem vai ao Pará, Parou…
Tomou açaí, ficou” (Pinduca)
“Égua mano, isso é pai dégua” (frase popular)
“Eu sou de um país que se chama Pará” (Poeta Ruy Barata)
“Belém Belém, acordou a feira
Que é bem na beira do Guajará” (Chico Sena)
Dentre tantas, essas são algumas frases musicais que definem o “ser paraense”.
O sotaque, os costumes, a gastronomia, o hábito, a forma carinhosa de chamar todo mundo de “maninho”, nos fazem ser de em Estado que abraça, mesmo resistindo, sua identidade cultural com muito amor e paixão.
O Pará tem inúmeros ritmos, inúmeras danças, inúmeros recantos de belas naturezas, igarapés, florestas, rios, lendas, barquinhos e popopôs rs.
A tradição cultural e as batalhas de conquistas políticas fortaleceram essa orgulhosa identidade paraora.
Nossa ilha do Marajó preserva uma riqueza natural, simplesmente maravilhosa.
Em Santarém, tem um paraíso chamado “Alter do Chão” e quilômetros de praias naturais.
Mosqueiro com suas praias de rios.
As manifestações culturais de São Caetano de Odivelas.
As cidades lindas e históricas de Vigia, Bragança, Óbidos entre tantas outras.
As tribos de Juriti, os camarões de Afuá, os botos de Alter do Chão.
O Círio de Nazaré, o çairé de Santarém, o festival de carimbó de Marapanim, o festival do açaí em Igarapé Mirim, a festa de São Benedito em Bragança, o festival do abacaxi em Floresta do Araguaia entre tantos mais.
Ser paraense é uma atitude divina carregada de encantamento, cantos, magia, orgulho e histórias.
Ser paraense e dançar carimbó, lundú, siriá, boi-bumbá, marujada dentre tantas outras danças.
Ser paraense é se deliciar com o açaí, bacaba, maniçoba, pato no tucupí, casquinho de caranguejo, camusquin, vatapá, tapioca, cus cus, tambaqui, filhote, pescada, tamuatá, entre tantos (ufa!).
Ser paraense e pegar manga na chuva, tomar de bacuri, cupuaçu, murucí, taperebá, ingá, sapotí, burití, entre tantas frutas.
Ser paraense é navegar nos sonhos pescando esperança e alegria.
Ser paraense é muito mais… é ser amazônico.
*Nilson Chaves é instrumentista, cantor e compositor paraense. Tradução e tradição. Duas palavras resumem o que é Nilson Chaves em relação ao Pará. Com uma extensa carreira, o cantor e compositor decanta e decompõe cada aspecto do que é a vida da Amazônia, das profundezas das matas ao cotidiano que pulsa nas ruas e avenidas das cidades.