O tucumã, este tesouro da nossa biodiversidade, está gerando renda para a comunidade ribeirinha de São João Batista, em Abaetetuba, na produção de cosméticos. O poder dessa famosa fruta do Pará foi tema do Globo Rural.
Como já publicamos aqui no Pará Terra Boa, aliar biodiversidade com tecnologia e inovação é a base principal da bioeconomia. A enorme biodiversidade amazônica é fonte importante para muitas oportunidades de negócios, com a obtenção de materiais como biomassa, corantes, óleos vegetais, gorduras, fitoterápicos, antioxidantes e óleos essenciais.
No caso do tucumã, para transformá-lo em produtos cosméticos, é necessário extrair o seu óleo, que possui componentes que ajudam a preservar a saúde cutânea e prevenir os sinais de envelhecimento. Além disso, ele contribui para a produção de colágeno, uma substância que promove a firmeza da pele e retarda o aparecimento de rugas.
Com seu sabor único e propriedades excepcionais, ele também é considerado um tesouro nutricional e tem sido apreciado por gerações, desempenhando um papel importante na culinária e medicina tradicionais da Amazônia.
Segundo a Agência Pará, uma das principais vantagens do tucumã é o seu alto teor de vitamina A. A fruta é uma das fontes mais ricas da substância na natureza, contendo cerca de 20 vezes mais do que a cenoura. Além disso, ele é rico em vitamina C e minerais essenciais, como o ferro e o potássio.
Para desfrutar dos benefícios do tucumã, ele pode ser consumido de várias maneiras como in natura, adicionado a saladas, sucos, sorvetes, geleias e até mesmo utilizado em pratos salgados. Sua polpa é cremosa e possui um sabor agridoce característico, tornando-o uma opção deliciosa e versátil na culinária.
O cacau do Combu, as biojoias e o hambúrguer de fibra de caju são outros exemplos de projetos que mantêm a floresta em pé, promovendo a conservação ambiental e gerando benefícios econômicos para a região. Eles abrem oportunidades para agricultores locais e contribuem para a segurança alimentar.
Outro modelo de iniciativa que valoriza a nossa biodiversidade e já apareceu por aqui é a Cacauaré, empresa familiar de Mocajuba que produz chocolates, nibs e granola cheios de sabor por meio do cacau selvagem nativo de várzea. O negócio une a tradição passada de geração a geração com a inovação na produção de amêndoas.
“O meu avô foi um dos grandes comerciantes de cacau nativo de Várzea aqui da Amazônia nos anos 60. Então tem registros dentro de biblioteca pública de títulos de compra e venda de cacau assinados por ele. E a minha avó fazia a produção dos doces, licores, geleias e xaropes a partir do cacau e vendia na feira. A cultura cacaueira dentro da minha casa é muito viva porque essa ciência os meus avós passaram para a minha mãe e hoje a gente se apropriou disso’’, explicou Noanny Maia, uma das administradoras da marca.