O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a falar nesta segunda-feira, 19, que vai convidar o papa Francisco para participar do Círio Nazaré 2023, em Belém. Ele também disse que virá, a convite do governador do Pará, Helder Barbalho, à maior festa religiosa do mundo, acompanhado da primeira-dama, Janja.
No sábado, no Pará, quando veio fazer entregas de moradias do Minha Casa Minha Vida, em Abaetetuba, e oficializar a realização da COP30, em Belém, Lula já havia falado da intenção de convidar ao papa para o Círio.
Desta vez, a declaração foi dada na segunda edição do “Conversa com o Presidente”, programa em que ele conversa ao vivo com o jornalista Marcos Uchoa, direto no Palácio do Alvorada. A entrevista foi transmitida pelas redes sociais do presidente e da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Lula também falou sobre a viagem que fará à Europa nesta semana. Ele disse vai ter encontros com o presidente da França e da Itália, com o prefeito de Roma, ente outros líderes que participarão do encontro de Paris para discutir a questão climática.
“Nós estamos ferindo o planeta. É engraçado que o ser humano é a única espécie animal que trabalha de forma muito rápida para destruir o mundo em que ele vive. Vamos discutir uma nova economia mundial, chamada de economia verde, baseada na emissão cada vez menor de gases de efeito estufa. A gente tem que discutir agricultura de baixo carbono, para que agente possa garantir ao mundo que nós seres humanos vamos cuidar da nosso planeta e isso significa que assim estaremos cuidando da nossa casa”.
A COP3 , que acontecerá em 2025 na capital paraense, não poderia ficar de fora da conversa com Uchoa. O evento é considerado a maior e mais importante cúpula mundial relacionada ao clima do planeta. A expectativa é de reunir cerca de 50 mil visitantes na cidade, incluindo dezenas de chefes de Estado e representantes diplomáticos.
Lula disse que tanto o governador do estado quanto o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, estão empenhados em fazer a COP mais bonita já realizada.
“Porque uma coisa é discutir a Amazônia no Egito, outra coisa é discutir a Amazônia em Berlim, outra coisa é discutir a Amazônia em Paris. Agora, nós vamos discutir a importância da Amazônia dentro da Amazônia. Nós vamos discutir a questão indígena vendo os indígenas. Vamos discutir a questão dos povos ribeirinhos vendo os povos ribeirinhos e vendo como eles vivem. Porque quando a gente fala em preservação, uma coisa que temos que preservar são 50 milhões de pessoas que moram na Amazônia da América do Sul”, argumentou.