A cacauicultora Miriam Federicci, do município de Medicilândia, na região da Transamazônica, conquistou o primeiro lugar na categoria “Varietal” do 6º Concurso Nacional de Cacau Especial realizado em Belém. O prêmio classifica a produtora ao Cocoa of Excellence Awards (Cacau de Excelência), concurso internacional que ela venceu no início deste ano. Miriam estará acompanhada de outros quatro agricultores paraenses.
A amostra apresentada por Miriam é de uma amêndoa com fermentação de oito dias, quando o normal para a espécie é que o processo dure de cinco a sete dias. Otimista, a agricultora diz que acredita que o cacau cultivado na Transamazônica irá de novo para a etapa final do concurso, quando serão indicadas as 50 melhores amêndoas do mundo.
“Somos pequenos produtores e ainda assim conseguimos colocar nossa produção no cenário global. É uma vitória da agricultura familiar”, disse a cacauicultora ao Globo Rural.
Os produtores Robson Brogni, também de Medicilândia; Gilmar Batista de Souza, de Uruará; José Renato Preuss, de Brasil Novo; e Odair José dos Santos, de Novo Repartimento, também estão na disputa, que conta ainda com cacauicultores de Rondônia, da Bahia e do Espírito Santo. Entre os aspectos analisados pelos especialistas estão as características sensoriais de cada amostra.
Um dos destaques é Robson Brogni, que ficou com o 3º lugar da categoria “Blend” no 6º Concurso Nacional de Cacau Especial deste ano e que ficou com a prata no Cocoa of Excellence. Veterano em concursos, o produtor diz que as premiações aumentaram a visibilidade de sua produção e estimulam a melhoria da qualidade do cacau do Pará.
“Novamente participando desse prêmio mundial é um ponto muito positivo, não só ao Pará, mas para o cacau do Brasil; você ganhar um prêmio internacional é uma vitrine mundial“, pontuou Brogni à Agência Pará.