Quando o setor público, iniciativa privada e terceiro setor se unem para o bem de um povo, o resultado só pode ser o benefício de uma comunidade. Vejam que 52 comunidades ribeirinhas e indígenas da região oeste do Pará comemoram avanços com construções de tecnologias de abastecimento e saneamento básico.
Isso graças ao Programa de Água e Saneamento do Projeto Saúde e Alegria (PSA), que implementou 52 sistemas de abastecimento, dos quais 34 com bombeamento híbrido (solar-diesel). Foram perfurados 204 poços que beneficiam mais de 15.000 pessoas em 60 comunidades.
Somente por meio do Programa Cisterna, o PSA construiu 757 banheiros para famílias do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Lago Grande, Várzea, Flona Tapajós, Resex Tapajós-Arapiuns, PAE Montanha Mangabal, aldeias Munduruku, entre outras das zonas rurais dos municípios de Santarém, Itaituba e Belterra.
Os banheiros têm auxiliado na melhora do saneamento básico na região. Com uma estrutura fixa, mudaram consideravelmente a rotina das famílias que usavam espaços improvisados no quintal.
Com a marca de mais de 15 mil pessoas beneficiadas, reduziram drasticamente os índices de contaminação de veiculação hídrica nas comunidades e aldeias, sobretudo diarreias e desidratação, maior causa da mortalidade infantil na região.
”A gente sabe que ainda tem enormes desafios nessa região do Baixo Tapajós, mas felizmente conseguimos encaminhar muita coisa, hoje com as comunidades já à frente dos empreendimentos. Estamos agora sendo demandados para levar essas soluções junto a outras regiões que precisam, inclusive com o apoio das comunidades daqui como multiplicadores desses conhecimentos”, afirma Caetano Scannavino, coordenador do Projeto Saúde e Alegria.
As tecnologias de saneamento são um dos exemplos de modelos que vêm sendo replicados por outras iniciativas. Uma articulação do Projeto Conexão Água do Ministério Público Federal (MPF) e da Associação Xavante Etenhiritipá (AXE), com apoio da Embaixada do Canadá e assessoria técnica do PSA, resultou na construção de redes de distribuição com mais de 1,5 km de alcance, autogeridas, que levam água de qualidade às 590 pessoas das famílias indígenas.
O saneamento básico sempre foi uma preocupação do PSA, que ainda na década de 80 identificou por meio de seu médico fundador, Eugênio Scannavino, uma série de doenças ligadas à veiculação hídrica e falta de condições básicas de higiene em comunidades da Amazônia.
Fonte: Projeto Saúde e Alegria