Além do garimpo e da exploração ilegal de madeira, outro setor do Pará tem elevado os índices de violência e infrações no nosso estado: o de óleo de palma. Na terça, 29/11, duas notícias demonstraram a necessidade de maior fiscalização das autoridades de segurança e controle em cima dos produtores de óleo de palma no Pará.
A primeira foi que uma operação conjunta em propriedades rurais do setor no Pará flagrou infrações de condições sanitárias e a inexistência de abrigos contra intempéries e radiação solar. A outra foi de nova denúncia dos indígenas Tembé sobre violência praticada por seguranças da empresa Brasil BioFuels (BBF), que tem permanecido no noticiário nos últimos meses em razão de disputas de terra.
A operação contou com a participação da Polícia Federal, do Ministério Público do Trabalho e da Auditoria Fiscal do Trabalho. Foram vistoriadas entre os dias 21 a 26 de novembro 39 propriedades rurais com o objetivo averiguar condições degradantes de trabalho desse setor.
Foram inspecionadas desde pequenas e médias propriedades até fazendas de agroindústrias, nos municípios de Abaetetuba e região de Concórdia do Pará.
As investigações foram motivadas pela grande quantidade de ações trabalhistas, em tramitação no Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região, contra empresas do setor agroindustrial de produção de óleo de palma.