O Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), da Agência Espacial Europeia, confirmou nesta terça-feira, 9, o que jà vinha sendo anunciado há alguns meses: 2023 foi o ano mais quente no planeta desde o começo da série histórica, em 1850.
O relatório Global Climate Highlights de 2023 apresenta um resumo geral dos extremos climáticos mais relevantes de 2023 e dos principais impulsionadores deles, como concentrações de gases de efeito estufa, El Niño e outras variações naturais, com explica o MetSul
Com média global de 14,98°C, o ano passado superou em 0,17°C o recordista anterior, 2016. 2023 foi 0,60°C mais quente do que a média de 1991-2020 e 1,48°C mais quente do que o nível pré-industrial de 1850-1900.
“2023 foi, por uma larga margem, o ano mais quente da nossa documentação, que remonta à década de 1940, mas não é apenas isso. Provavelmente, acabamos de passar pelo ano mais quente da nossa história [humanidade]. E, possivelmente, o mais quente ou um dos mais quentes dos últimos 100 mil anos”, disse o diretor do Copernicus, Carlo Buontempo
Daí, de acordo com ele, da necessidade urgente de limitar as emissões de gases de efeitos estufa em todo os mundo.
“A menos que nós consigamos rapidamente estabilizar a concentração de gases-estufa na atmosfera, nós não podemos esperar resultados diferentes daqueles que vimos nos últimos meses. Pelo contrário, seguindo a trajetória atual, em alguns anos, o ano de recordes de 2023 provavelmente será lembrado como um ano fresco”, alertou.