Denunciar crimes ambientais ficou mais fácil e rápido. O aplicativo Radar Ambiental é um canal de comunicação criado pelo Ministério Público para que qualquer pessoa denuncie esse tipo de crime e acompanhe o decorrer da investigação,
O cidadão pode registrar a localização exata do crime por meio de um mapa interativo. Além disso, o usuário pode inserir fotos, vídeos e descrições detalhadas sobre o tipo de dano ambiental, facilitando a apuração pelos promotores. O denunciante poderá acompanhar o andamento de sua denúncia, conferindo quais ações estão sendo tomadas.
Disponível gratuitamente nas plataformas Android e iOS, a ferramenta, desenvolvida e testada pelo Ministério Público do Estado do Amapá, agora, estará disponível nacionalmente. A ideia é aprimorar a forma como denúncias de crimes ambientais são mapeadas, recebidas e respondidas.
“Nosso objetivo com essa iniciativa é modernizar a atuação do Ministério Público em prol do meio ambiente, tornando o processo de denúncia mais ágil, eficiente e acessível a todos. Com o Radar Ambiental, a sociedade tem em mãos uma ferramenta poderosa para atuar ao lado das Promotorias de Defesa do Meio Ambiente, seja por meio de denúncias, acompanhamento dos casos ou interação direta com os órgãos de fiscalização”, destacou Ivana Cei, ouvidora nacional e presidente da Comissão de Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)
Primeiro balanço
No primeiro balanço da utilização do aplicativo, foram registradas em torno de 2 mil denúncias em menos de um mês de uso. O aplicativo foi lançado nacionalmente durante a 14ª sessão ordinária do CNMP, em 24 de setembro.
Segundo Ivana Cei, no Norte, 24,9% das denúncias registradas no aplicativo são referentes a queimadas, enquanto 10,2% são relativas à poluição sonora. No Nordeste, 25,9% dos registros são sobre queimadas; no Centro-Oeste, 17,3% referem-se a queimadas e 37% ao desmatamento; no Sudeste, 41,8% dos registros são de queimadas e, no Sul, 14,3% são a respeito de queimadas e 25,2% referem-se ao desmatamento.
As denúncias recebidas via aplicativo serão processadas pela Ouvidoria Nacional e encaminhadas ao Ministério Público competente. A iniciativa é um desdobramento do Plano Estratégico Nacional de Atuação do Ministério Público no Combate aos Incêndios, publicado em 18 de setembro.