As autorizações para a exploração de nióbio na Amazônia mais que dobraram durante o governo de Jair Bolsonaro. As informações são da Folha, a partir de dados da Agência Nacional de Mineração (ANM).
A área referente aos requerimentos que envolvem nióbio feitos neste governo soma 1 milhão de hectares, o equivalente 6,5 cidades de São Paulo, compara o jornal.
Entre 2019 e 2021, 171 requerimentos de exploração foram atendidos no período, dos quais 64 foram na região da Amazônia Legal. Comparado com o triênio 2016 a 2018, houve um aumento de 156%, considerando que naqueles três anos foram registradas 74 autorizações de pesquisa, 25 dessas na Amazônia.
O crescimento é mais exorbitante ainda, se a comparação for com os anos de 2013 a 2015: 611%. Nesse período, nove autorizações foram dadas para explorações na Amazônia. Nove assentamentos de reforma agrária e faixas de duas terras indígenas e de uma unidade de conservação federal integram as áreas com pesquisas liberadas.
Em 2020, como lembra a Folha, o governo enviou ao Congresso um projeto de lei que busca regulamentar autorizações para exploração mineral em terras indígenas. O projeto não avançou.
O chefe do Executivo ignora nas falas que o país já é o principal produtor do metal, com 88% do total mundial, e que jazidas exploradas —principalmente em Minas Gerais — têm material suficiente para abastecer o mercado nas próximas décadas, destaca a reportagem.