O Governador do Pará, Helder Barbalho, propôs o fortalecimento de estratégias de combate às ilegalidades na exploração de minérios e o investimento em novas alternativas econômicas para o desenvolvimento da Amazônia em seu discurso na abertura da Expo e Congresso Brasileiro de Mineração (Exposibram). O maior evento do segmento é realizado nesta semana em Belém.
Em coletiva à imprensa, Barbalho disse que é necessário que a legislação do setor avance e garanta a adoção de mecanismos de rastreabilidade, isto é, que permitam declarar a procedência dos produtos disponíveis no mercado.
“É fundamental que nós possamos rastrear toda e qualquer atividade minerária para que nós possamos ter absoluta certeza de que o produto explorado é oriundo de áreas que estejam legalmente exploradas, com licença ambiental, com autorização de exploração de lavra e, consequentemente, nós possamos certificar estes produtos que estejam compatíveis com aquilo que nós desejamos de uma atividade que respeite o meio ambiente”, declarou.
Outro ponto destacado pelo governador foi importância da mineração na base econômica do estado, empregando cerca de 60 mil pessoas. Contudo, para ele, é preciso reconhecer que a exploração dos recursos é finita e, por isso, é preciso que a atividade participe de projetos que visam a geração de valor aliada à conservação da floresta.
“Nós desejamos que a atividade da mineração possa financiar a economia de baixo carbono, a bioeconomia e, particularmente, fazendo das reservas florestais e das áreas de floresta permanente no Estado áreas que permitam participar da captura de carbono e, consequentemente, de um mercado regulado, que monetize floresta e monetize este processo”, salientou Helder Barbalho.
O presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, também participou da solenidade e salientou que os investimentos previstos para o estado da ordem de US$ 50 bilhões vão contribuir para a mudança da economia paraense.
“Esse investimento será em nome da mineração sustentável, da floresta viva, do respeito aos povos indígenas e originários, visando a redução da desigualdade de renda”, afirmou Jungmann.