O Brasil vai à COP28 para cobrar, e não para ser cobrado. Essa é a possição da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em relação à participação do delegação brasileira durante Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece de 30 de novembro a 12 de dezembro, em Dubai, nos Emirados Árabes.
“Estamos indo para COP não é para ser cobrados, nem sermos subservientes, é mas para altivamente cobrarmos que medidas sejam tomadas, porque é isso o que o Brasil tem feito”, afirmou a ministra.
A ministra ainda falou sobre o desmatamento e as consequências para as mudanças do clima.
“A destruição da floresta será a destruição do nosso regime de chuvas”, reforçou. Marina Silva lembrou que houve queda de 22% no desmatamento da Amazônia no período de agosto de 2022 a julho de 2023, resultado da intensificação das ações de comando e controle tomadas pelo governo. “Isso evitou lançar na atmosfera 133 milhões de toneladas de CO2”, argumentou.
Segundo ela, para frear a crise do clima, que tem provocado eventos extremos e afetado, sobretudo, as populações mais vulneráveis, é preciso tomar a decisão de enfrentar os problemas causadores e citou: “emissão de CO2 que pode ser pela destruição de florestas e, sobretudo, pelo uso do petróleo, do carvão e do gás”. E completou
“Esse é o debate que precisa ser enfrentado, e é nesse debate que o Brasil tem dado sua contribuição”.
Marina Silva também informou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, vai apresentar na COP-28 a proposta de um mecanismo global que remunere os países por hectare de floresta em pé.
“Se Deus quiser, haveremos de aprovar esse instrumento para que as florestas sejam remuneradas, protegidas. Os mais interessados em proteger a floresta, a biodiversidade, os povos originários e o nosso regime de chuvas, somos nós”, disse a ministra.
O Pará, por sua vez, fará dez anúncios durante a COP28, entre eles o Plano Estadual de Restauração Florestal.
COP 28
O foco da COP 28 – considerado o maior evento sobre meio ambiente no mundo – será traduzir os compromissos climáticos em ações e progresso tangíveis. O presidente Lula participa da conferência a partir da sexta-feira (1º/12). Em 2025, o Brasil vai sediar a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em Belém (BA).