Um estudo, divulgado nesta semana, destaca que eventos climáticos extremos, como tempestades, inundações, ondas de calor e secas, causaram a morte de quase 800 mil pessoas nos últimos 30 anos em todo o mundo. Além disso, geraram prejuízos econômicos estimados em US$ 4,2 trilhões.
No Brasil, entre 1993 e 2022, foram 137 mil mortes e um prejuízo de mais de R$ 10 bilhões, segundo o relatório da ONG alemã German Watch. O período, portanto, não inclui os incêndios devastadores na Amazônia e no Pantanal, além da seca no Norte e Centro-Oeste, considerado a maior da história, que ocorreram no ano passado.
O Brasil, como sede da COP30, “a reunião mais importante do clima da ONU”, em novembro próximo, como destaca o estudo, tem um papel fundamental a desempenhar. Ele pode usar sua influência diplomática para facilitar o diálogo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, buscando um consenso para a implementação de medidas ambiciosas de mitigação e adaptação às mudanças climáticas e, principalmente, para destravar o financiamento climático.
Como mostra o relatório, o impacto maior dos mais de 9.400 desastres climáticos, registrados neste 30 anos, foi nos países mais pobres e vulneráveis do chamado Sul Global. Nesse sentido, Honduras, Mianmar e Vanuatu foram os que mais sofreram com o clima. Aqueles que menos contribuem para as mudanças climáticas sempre são os mais afetados por elas. a. Por isso é justo que países desenvolvidos ofereçam apoio financeiro e tecnológico para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os desafios da crise climática.