O Reino Unido e a Noruega anunciaram a doação de R$ 460 milhões para o Fundo Amazônia durante evento em comemoração aos 15 anos da criação do fundo, na COP28, em Dubai.
Ao anunciar a doaçãode US$ 44 milhões (215 milhões de reais) para o fundo, o ministro da Segurança Climática do Reino Unido Graham Stuart, afirmou que seu pais pretende colaborar com o Brasil na busca por investimentos privados.
Além de elogiar o a proposta do governo brasileiro apresentada durante a COP-28 para remunerar pela conservação de florestas, Stuart ainda citou o Pará como exemplo de bioeconomia.
“Visitei Alter do Chão neste ano e vi esforços para aumentar a produção de mel, fortalecer a economia, alinhando os incentivos para as comunidades locais para lidar com a floresta como eles tradicionalmente fazem, mas ser mais ricos”, disse Stuart à Exame.
O ministro britânico ainda afirmou que Fundo Amazônia funciona porque viu os resultados.
Fim de ‘anos difíceis’
Já Andreas Bjelland Ericksen, ministro de Clima e Meio Ambiente da Noruega, primeiro e maior doador que não contribuía para o Fundo desde 2018, afirmou que uma redução de 50% no desmatamento na Amazônia em 2023 é mais uma demonstração de que políticas fortes e determinadas estão dando resultados.
Ele ainda citou “anos dificeis” em referência ao governo Bolsonaro, quando o Fundo Amazônia ficou paralisado e afirmou que a doação de US$ 50 milhões (245 milhões de reais) marca a nova fase da parceria.
“Vamos ser honestos. A gente deixou alguns anos difíceis para trás, tivemos uma pausa no pagamento do Fundo Amazônia desde 2018. E agora, em reconhecimento aos resultados do Lula e da Marina e das fortes ambições do Brasil, estou muito feliz em anunciar hoje que nós vamos recomeçar”, disse Ericksen.
Até o fim deste mês, dados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), responsável por gerir o fundo, mostravam que Brasil havia recebido apenas 3% dos US$ 3,3 bilhões prometidos neste ano pelos países parceiros, como Estados Unidos e União Europeia.