O Governo do Pará e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) assinaram uma carta de intenções neste domingo, 3, durante a COP28, em Dubai, para garantir o financiamento do Projeto de Reforma Política para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, conhecido como Descarboniza Pará. Uma das metas do programa é investir em políticas públicas que levem o estado a zerar suas emissões de carbono até 2050.
Conforme adiantou a Agência Pará, o empréstimo seria da ordem de US$ 300 milhões. Os recursos devem ser direcionados a estratégias de economia descarbonizada, como produção sustentável, conservação ambiental, geração de empregos verdes, educação e transformação digital.
Além disso, o Executivo estadual diz que esses investimentos garantem a busca por estabilidade macroeconômica, sustentabilidade fiscal e uma governança climática integrada com base em soluções baseadas na natureza, agricultura climaticamente inteligente e bioeconomia; desenvolvimento de instrumentos financeiros e digitalização; e políticas de gênero e diversidade.
“Esse é um momento muito especial na construção que o Estado do Pará está fazendo para descarbonizar sua economia e garantir a preservação da floresta, olhando para pessoas. Com a parceria do BID, nós impulsionaremos um novo modelo de desenvolvimento para o Estado, em que floresta viva possa ter o seu valor, gerar empregos verdes, trazer desenvolvimento local e alcançar nosso principal objetivo, que é cuidar da floresta cuidando das pessoas”, disse Helder Barbalho em entrevista a O Liberal.
A contratação do empréstimo foi solicitada pelo governo e autorizada pela Assembleia Legislativa do Estado do Pará (Alepa) em setembro passado devido à boa saúde fiscal do estado.
Além de garantir os recursos para o Descarboniza Pará, o Governo do Pará e o BID assinaram convênios que reforçam a parceria estratégica na área ambiental.
O presidente do BID, Ilan Goldfajn, explicou que o financiamento do projeto integra uma iniciativa mais ampla da instituição em que países doadores se comprometem a apoiar iniciativas que abordem monitoramento, cuidado com as pessoas, bioeconomia, cidades e agricultura sustentável.
“É um projeto moderno, que descarboniza, lida com uma forma holística com vários aspectos. Acho que será um exemplo não só para o Brasil, mas para o mundo. Para nós, será uma prioridade”, pontuou Goldfajn na avaliação do projeto paraense.