A 29ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) iniciou seus trabalhos na segunda-feira, 11, em Baku, no Azerbaijão, com uma importante decisão: a aprovação de regras globais para o mercado de carbono. O mecanismo, previsto no Acordo de Paris, permitirá que países e empresas comprem e vendam créditos de carbono, incentivando a redução de emissões de gases do efeito estufa. A aprovação foi por unanimidade.
A expectativa é que o mercado de carbono gere uma economia de US$ 250 bilhões por ano na implementação dos planos climáticos nacionais, segundo o presidente da COP29, Muxtar Babayev. “Ao relacionar compradores e vendedores de forma eficiente, esses mercados poderiam reduzir o custo de implementação das Contribuições Nacionalmente Determinadas”, afirmou.
Na prática, o acordo determina a criação de um grupo formado por técnicos para implementar e supervisionar o mercado de carbono global. O texto também menciona o compromisso de garantir que comunidades tradicionais sejam consultadas sobre projetos que as impactam. .
Recentemente, o governador Helder Barbalho afirmou que a venda de créditos de carbono pode gerar R$ 35 bilhões, aos paraenses até o ano de 2026. Em setembro, o Pará fez um acordo histórico para vender quase R$ 1 bilhão em créditos de carbono e garantir financiamento para o combate ao desmatamento e preservação da Amazônia.