Ficou para COP30, em Belém, em 2025, a missão de articular metas financeiras mais ambiciosas e mobilizar recursos para o enfrentamento da crise climática, principalmente para países mais vulneráveis. Isso porque a 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), que aconteceu em Baku, no Azerbaijão, não fez o que se esperava, que era definir uma nova meta justa de financiamento climático.
Assim, a COP30 ou COP da Amazônia, que já era importante, torna-se fundamental: em Baku foi criada a Rota de Baku a Belém, uma iniciativa que tem a missão heroica dede mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano até 2035. O valor é o que pedem os países em desenvolvimento para que possam enfrentar eventos climáticos extremos e perigosos, uma vez que são eles os que menos contribuem com a poluição do planeta e os que mais sofrem com seu efeito.
A Rota de Baku a Belém representa uma esperança para aumentar o financiamento climático e acelerar a transição para um futuro mais sustentável. No entanto, o sucesso dessa iniciativa dependerá do compromisso de todos os atores envolvidos em trabalhar juntos para enfrentar os desafios da crise climática.
“É com grande senso de responsabilidade e cientes do enorme desafio coletivo que nos está sendo entregue, que o Brasil recebe do Azerbaijão a presidência designada da Conferência das Partes. Sabemos como chegamos até aqui e sabemos dos desafios que estão postos aqui para cada um de nós”, afirmou a ministra do Meio Ambiente Marina Silva, no sábado, 23, antes mesmo de saber desse tarefa heroica que cabe ao Brasil, a partir de agora.
Os objetivos
A Rota de Baku a Belém é um plano de ação que envolve diversos atores, como governos, instituições financeiras, setor privado e sociedade civil, com o objetivo de:
- Mobilizar recursos: Atrair investimentos públicos e privados para projetos climáticos nos países em desenvolvimento.
- Diversificar as fontes de financiamento: Explorar diferentes mecanismos de financiamento, como doações, empréstimos, instrumentos de dívida e investimentos privados.
- Fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento: Oferecer suporte técnico e financeiro para que os países em desenvolvimento possam desenvolver e implementar seus projetos climáticos.
- Aumentar a ambição climática: Incentivar os países a apresentarem metas mais ambiciosas de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas.
Por que é importante?
- Necessidade urgente de financiamento: Os países em desenvolvimento necessitam de recursos financeiros substanciais para implementar suas ações climáticas e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.
- Desigualdade climática: Os países em desenvolvimento são os mais vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas, apesar de terem contribuído menos para o problema.
- Oportunidades econômicas: O investimento em ações climáticas pode gerar empregos, estimular a inovação e promover o desenvolvimento sustentável.
A esperança é que na COP30, que acontece de esse plano de ação se concretize com metas claras e prazos definidos