A Defesa Civil de Santarém, no oeste do Pará, emitiu um alerta na terça-feira, 28, para o baixo volume do Rio Tapajós. Segundo o órgão, o rio se encontra 90 centímetros abaixo do nível registrado no mesmo período do ano passado, fase que antecedeu a forte estiagem que atingiu toda a região. A régua marcava 6,26 metros.
Apesar das chuvas mais intensas este ano, o rio ainda está abaixo do normal. A Defesa Civil monitora de perto a situação, acompanhando as chuvas e o nível do rio. As ações para junho dependerão do comportamento do rio nos próximos meses.
De acordo com Portal Amazônia, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) recebeu, no final da primeira quinzena de maio, o Estudo de Dragagem e das Passagens Críticas do Rio Tapajós. O objetivo é justamente prevenir e mitigar os impactos das adversidades climáticas na bacia Amazônica,
O documento foi elaborado e entregue à Diretoria de Infraestrutura Aquaviária (DAQ) pela Associação dos Terminais Portuários e Estações de Transbordo de Cargas da Bacia Amazônica (AMPORT) em colaboração com a Universidade Federal do Pará (UFPA) .
Enquanto isso, Defsa Civil afirma estar intensificando o monitoramento da vazão do rio e tomando medidas preventivas para minimizar os impactos da estiagem.
O coordenador da Defesa Civil, Darlison Maia, disse ao g1 que as comunidades mais afetadas pela seca de 2023 receberão vistorias para avaliar a necessidade de ajuda, como água potável e cestas básicas. A Defesa Civil também monitora a distribuição irregular das chuvas este ano, que exige atenção redobrada.
As chuvas iniciadas em março podem se estender até junho, o que pode alterar o cenário da seca. A Defesa Civil seguirá monitorando a situação para embasar decisões e decretar estado de emergência, se necessário.
O objetivo é garantir que os governos municipal, estadual e federal estejam aptos a atender as famílias afetadas pela estiagem. Ações individuais também são importantes, como o uso consciente da água e a denúncia de focos de queimadas.
O Rio Tapajós desempenha um papel vital na economia e na logística da Região Amazônica, sendo um dos principais afluentes do Rio Amazonas. Suas águas servem como via de transporte crucial para o escoamento de produtos e mercadorias, conectando áreas remotas da Amazônia ao restante do país.