As chuvas intensas deste início de ano tem ajudado os rios do Pará a recuperar os níveis normais e deixar os problemas da seca para trás. O problema é que o aumento acelerado das águas também pode trazer prejuízos e riscos, principalmente para populações ribeirinhas e comunidades de áreas de várzea. Em Santarém, no oeste do estado, a Defesa Civil já está em alerta para possíveis impactos.
Na cidade, o Rio Tapajós registrou 4,56 metros nesta sexta-feira, 7, mais de um metro em relação ao mesmo período de 2024, quando registrava 3,46 metros. A alta está diretamente ligada ao inverno amazônico, que provocou chuvas de 60 mm em Santarém, o que representa 15% da média mensal para fevereiro, de acordo com dados do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).
“O índice de chuva este ano está muito maior. Como ficamos na confluência do Tapajós com o Amazonas, as chuvas que acontecem acima do Tapajós, em Itaituba, Jacareacanga e outros municípios, além da influência das chuvas no estado do Amazonas, contribuem para essa elevação”, afirmou ao jornal O Liberal Darlison Maia, coordenador da Defesa Civil..
A preocupação é porque a cheia do Rio Tapajós ocorre de forma gradual e geralmente atinge o pico em meados de abril e maio, mas as chuvas vieram tão fortes que já levaram a prefeitura do município a decretar situação de emergência. Apesar do aumento rápido, a Defesa Civil diz que a situação é tranquila, pois a cota de alerta de 7,10 metros ainda está distante.
Nesses casos, os maiores são para as áreas de várzea, onde as casas em palafitas podem ser tomadas pelas águas e deixar famílias desabrigadas. Na área urbana de Santarém, os impactos comuns são os alagamentos devido ao transbordamento de canais e igarapés, queda de árvores e falta de energia elétrica, como foi observado na quinta-feira, 6, segundo o G1 Santarém.
A recomendação é que os ribeirinhos acompanhem os boletins divulgados pela Defesa Civil e evitem permanecer em áreas de risco. Caso percebam o avanço das águas próximo às, é importante entrar em contato com as autoridades para que as providências necessárias sejam tomadas.
No Pará, o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR) já reconheceu a situação de emergência em decorrência das chuvas em Aveiro e Bannach. Além disso, o município de Baião também pode solicitar apoio federal para recuperar os estragos causados por vendavais.