Depois de enfrentar o segundo ano seguido de seca severa, a região do oeste paraense agora enfrenta o sufoco causado pelas fortes chuvas deste início de ano. A situação já preocupa a população e levou as prefeituras de Santarém e Aveiro a declarar situação de emergência para reforçar as ações da Defesa Civil.
A chegada do inverno amazônico foi um alívio para muitas comunidades, já que a estiagem não só reduz o nível dos rios, mas também prejudica o transporte, dificulta o acesso à água, compromete a agricultura e a pesca, além de trazer riscos à saúde. O problema é que as chuvas voltaram com tanta intensidade que ressurgiram os riscos relacionados aos alagamentos.
Na última sexta-feira, 31, a Prefeitura de Santarém decretou a situação de emergência por 90 dias em razão das fortes chuvas, com alagamentos e vendavais registrados em janeiro. Durante esse período, os órgãos municipais vão atuar para dar resposta a desastres e apoio para reabilitação e reconstrução.
O decreto também autoriza a convocação de voluntários para reforçar as ações e realização de campanhas de arrecadação de recursos com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada.
Em janeiro, a Prefeitura de Aveiro também declarou emergência por causa do impacto das chuvas intensas. A situação foi reconhecida na segunda-feira, 3, pelo Ministério do Desenvolvimento e Integração Regional (MIDR). Com isso, o município pode solicitar recursos do Governo Federal para ações de defesa civil, como compra de cestas básicas, água mineral, refeição para trabalhadores e voluntários, kits de limpeza de residência, higiene pessoal e dormitório, entre outros.
Atualmente, no Pará estão vigentes 100 reconhecimentos de situação de emergência pelo Governo Federal. São 59 por estiagem, 38 por incêndios florestais, dois por vendaval e, até agora, apenas Aveiro por conta das chuvas intensas.